Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CADA SANTO É UMA OBRA-PRIMA DE DEUS

Introdução:

O mês de novembro se inicia com a festa de todos os santos.
No dia seguinte, comemora-se na liturgia o dia dos nossos entes queridos que partiram, finados.
O chamado à santidade é vocação universal.
Todos somos chamados pela graça do santo Batismo que recebemos.
Santidade é, portanto, graça de Deus e resposta humana a essa graça. Se por um lado somos chamados, por outro lado temos a oportunidade de fazer a escolha. Aceitar ou não ao chamado.
Dar resposta afirmativa ou ignorar o chamado ou, mais grave ainda, ir em direção oposta ao convite universal.
Todos temos que fazer escolhas é inevitável, mas diante delas não podemos esquecer as nossas responsabilidades e suas conseqüências.
Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos.

1.Somos o resultado das nossas escolhas!

Todos os dias nós acordamos e somos servidos de um leque incalculável de opções.
De simples escolhas que eventualmente passam despercebidas a decisões que requerem análises mais complexas.
Sim, as escolhas dependem de mim. Sim, as coisas podem ser como eu quero. Faça chuva ou faça sol, frio ou calor, quem decide o caminho somos nós.
É evidente que não temos o controle total sobre os resultados e conseqüências, simplesmente porquê estes são variáveis, mas diversas coisas que fazem positivamente a diferença como sorrir, planejar, acreditar, agir, trabalhar são ações determinadas por nós e essas por sua vez geram seus respectivos resultados e conseqüências.
E então você pode se perguntar, “... mas como saber quais são as escolhas corretas?”
A verdade é que não se tratam de escolhas corretas, mas sim de melhores escolhas situacionais.
Opções que geram resultados melhor qualificados.
Escolhas realizáveis de acordo com o nosso momento, de acordo com a nossa conduta e para mim principalmente penso uma coerência de vida com o meu professar cristão.
Pois entendi as duras penas que verdade é vida vivida e não falada, porque falar não custa nada, mas viver custa à vida!

E o que pode ser feito para optar pelas melhores escolhas? Como se preparar para percorrer os melhores caminhos?

Não existe uma fórmula mágica ou algo que garanta as melhores escolhas, o que existem são algumas receitas a que todas as pessoas têm acesso.
A prática e desenvolvimento de atitudes e comportamentos que nos conduzirão aos melhores caminhos.
Pensar e agir positivamente sempre e o tempo todo é uma dessas práticas, uma dessas receitas. É preciso acordar e colocar todos os dias sobre os ombros e sobre nos um sinal “ que nos leva sempre a pensar na vida com resultado de morte que gera vida, o sinal da Cruz o sinal de cristão, que lhe acompanhará em todos os momentos, em todas as situações. Uma verdadeira atitude adicionada a um comportamento construtivo e pró-ativo, capaz de diferenciar o seu dia, capaz de melhorar a sua qualidade de vida, capaz de proporcionar a todas as pessoas que o cercam o prazer do seu convívio.
Sempre que fazemos nossas escolhas acompanhadas desse sinal de cristãos, obtemos os melhores resultados e através desse, dessa prática em busca do melhor caminho, desenvolvemos e credenciamos a nossa responsabilidade, ou seja, a nossa habilidade de respostas e a tornamos um hábito.
Hábito de ser e viver feliz, ou ser amargo, indesejável, de viver mal humorado.
Hábito de deixar a vida me levar ou de conduzi-la de acordo com os meus sonhos, com os meus planos.
Hábito de surpreender positivamente às pessoas ou negativamente.
Novamente retomo a palavra santa dos lábios de Jesus : “ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.
Habituar-se a vencer, a crescer, a atingir metas, a realizar planos, enfim, a tudo aquilo que julgamos ser o melhor é sem dúvida o grande desafio.
Caminhar pode se tornar um hábito, basta que para isso eu decida, “eu estou diante de meu médico em débito pois já me disse várias vezes que preciso andar, para o meu próprio bem”, agora eu preciso decidir, que pratiquemos a nossa liberdade de escolher as atitudes, comportamentos e caminhos que queremos em nossas vidas assumindo as nossas responsabilidades.
Por isso, toda a vez em que você se encontrar diante de opções tenha sempre a consciência de que nós somos o resultado de nossas próprias escolhas.

2.A santidade não é uma profissão

Assim a santidade não é uma profissão, nem uma arte; por isto, não possui regras fixas. Cada santo é uma obra-prima de Deus, e Deus nunca se repete.
—Não podemos recorrer às leis da Psicologia para delinear o perfil espiritual de um santo. A graça é imprevisível, atua aos saltos. Às vezes, retalha durante anos com o buril, depois se enfurece e golpeia com o cinzel. Ninguém ganha a santidade de presente.Cada santidade é uma luta. Deus não valeria a pena, se fosse fácil. Cada mística por conseguinte,supõe uma ascética.
O homem possui dois pólos, dois extremos. Um material, instintivo, atado às realidades do mundo. Outro espiritual, projetado para o infinito, magnetizado por Deus.
Para subir ao topo da santidade, ambos devem tender para a mesma direção. Para equilibrar estas duas tensões, é preciso realizar opções certas, efetuar cortes nítidos.
A medida que o pólo humano, terreno, desaparece, o outro se enriquece, mas desaparecer não significa desprezar.
A parte terrena não deve ser jogada fora; é preciso canalizá-la, fazê-la servir aos desejos do espírito.
Em Madre Teresa percebemos de imediato uma característica: o equilíbrio.
“É verdade que é preciso sempre evitar os excessos, mas de outro lado, é sempre melhor exceder em bondade.
Ela é equilibrada em sua linguagem. Nunca pronuncia uma expressão forte, vaidosa, capaz de impressionar a fantasia. Ao contrário, fica indignada com uma leitura superficial. E equilibrada em seus gestos, nos fatos.
Sua vida externa se desenrola sobre trilhos de uma linearidade desconcertante. Poderia ser contada em poucas linhas, tamanha é a pobreza de sua aventura.
Mas o equilíbrio não é uma coisa banal. O equilíbrio, nos santos, é tensão.
A agulha de uma balança é estática quando os dois pratos possuem peso idêntico. Mas a estaticidade da balança é de tração. Santa Teresa dosou palavras e ações, num autocontrole minucioso. Constrói-se e se avalia minuto a minuto, sem deixar nada ao acaso.
- A terra e os afetos humanos são tangíveis, imediatos, de fácil percepção, aqui e agora. Deus, o espírito e o Reino dos céus são por natureza impalpáveis, projetados no futuro, lá e não agora. Para aderir aos desejo do espírito é necessário vontade.

3. A ascética

Pode ser definida como a luta interior pelo predomínio do espírito. O corpo tem medo das altitudes, sofre vertigens, quer voltar-se para trás, olhando com saudade o que deixou. É preciso arrastá-lo e atraí-lo com a esperança. “Por Cristo é que temos acesso a esta graça, na qual estamos fir¬mes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus. Não só isso, mas nos gloriamos dos sofrimentos. Pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência...”( ). “Foi por meio da esperança que fo¬mos salvos. Mas se vemos o que esperamos, isso não é mais esperança. Pois quem é que espera por alguma coisa que vê?”( )
Teresa entrega-se a algo que não pode demostrar. Durante anos caminha no deserto, no escuro, lutando contra seu egoísmo. Nesta atração tra¬balha. Sua vida é uma aventura do espírito. Por isto seus gestos externos não são banais.
Fazem história, marcam os fatos e as consciências porque estão enraizados em Deus. E só Deus faz história.
A ascética é uma iniciativa da alma; a mística, uma iniciativa de Deus.
A vontade humana e a divina se entrelaçam de forma maravilhosa que é difícil determinar onde uma termina e a outra começa.
Realizada a renúncia a si mesma, ancorada em seu Nada, ela escolhe a Deus como um Tudo. Nada e Tudo: dois conceitos que não se excluem, mas se atraem como os dois polos opostos de um ímã.
Isto acontece quando Nada e Tudo não são conquistas nominais, mas existenciais.
A ascética de cada um de nós discípulos de Jesus deve ser original. Não se copia o intinerário espiritual de ninguém .Mas a vida ascética deverá possuir três níveis, um ligado ao outro. Três níveis que podem resumir-se em três verbos:
anular-se
superar-se
mergulhar.
A cada um deles corresponde uma maneira de viver, sintetizada em três fórmulas:
viver contra
viver além
viver dentro.
Devemos, como discípulos de Jesus aceitar globalmente o Evangelho. Quem escolhe o Evangelho globalmente, sem interpretações nem comentários, tem a obrigação de conformar-se a Cristo.
Estamos encharcados do mundo até a raiz dos cabelos. O mundo possui seus próprios ídolos, ciumentos e intransigentes, para adorar. Ídolos que nos martelam por dentro, segundo após segundo.
Embora tenhamos nossos sentidos selados, somos envolvidos por uma maré de propostas que nos solicitam, nos piscam os olhos, nos atraem nos seduzem.
Os jornais, o rádio, a televisão, o contato diário com os “convertidos ao mundo” vão aos poucos depositando em nosso espírito a poeira da dúvida, abalando nossas convicções, enfraquecendo o Evangelho.
Os produtos e as idéias são apresentados em seus aspectos mais atraentes, para atingir os instintos e as necessidades mais íntimas e profundas do coração humano. A ambição, o sexo, o prestígio, o prazer, a liberdade sem condições, o poder, numa palavra, tudo o que desperta o nosso egoísmo, é veicula¬do por meio de slogans que se gravam em nossa mente de maneira indelével.
Os valores do espírito vão perdendo o seu verdadeiro significado. São de difícil comunicabilidade, mais impenetráveis, exigem maior esforço. Quase nos deixamos convencer de que o valor está nas coisas materiais, em possuir os remos da terra, no imediato.
Assim, o senso crítico se atenua e nos deixamos levar pela ambigüidade das exigências do Evangelho e do mundo. Misturamos com facilidade as Bem-Aventuranças de Cristo com as da terra.
Viver contra é resistir à maré do mundo, opor-se à mentalidade do comodismo, embora ela seja a da maioria. A maioria sempre tem razão — ouvimos dizer — e estar do lado oposto, às vezes, nos dá a sensação de que somos marginalizados, não realizados. Por isso, tentamos o jogo duplo do compromisso.

4.Mas quem dialoga com o “fácil” já perdeu.

O fácil possui uma dialética cruel. Se colocamos um dedo na sua engrenagem, logo o corpo inteiro é engolido.
Cristo admite apenas duas posições: estar com Ele ou ser contra ele; isto é, estar com o mundo ou ser contra o mundo.
O verdadeiro discípulo de Jesus rejeita o que é facíl e escolhe o que é heróico.
Posiciona-se contra as vaidades do mundo. Para não ser escravo dele, torna-se escravo de Cristo e das Bem-Aventuranças evangélicas.
O Discípulo de Jesus se aborrece com o mundo: “Estou com Deus; tudo o que não é d’Ele e não me leva a Ele me cansa” .
Ele experimenta somente amargura nas alegrias do mundo. “Quando o Senhor quer isolar uma pessoa, adota a mesma técnica da mãe que deseja des¬mamar o seu filhinho: faz encontrar o amargo onde ele espera encontrar o doce” .
No mundo, existem dois patrões e cada um paga com sua própria moeda. A moeda do Príncipe do mundo é mais cintilante, mais sonante, mais atraen¬te. Recusá-la parece um contrasenso, a perda de uma oportunidade preciosa.
Deus não paga de imediato e, quando paga, paga mal.
Escolher a Deus requer muita coragem e esperança e, no fim, o resultado ainda é sentir sede.
Mas a sede de Deus é alegria. Uma alegria que se transforma em martírio, quando se perde Deus de vista, ainda que por um só instante. “Sofro um martírio intolerável, quando não consigo me unir ao único objeto do meu amor.”
Uma sede assim, Deus não pode deixar de saciar. Um deserto assim, não pode ficar árido por muito tempo.

5. Viver além

Quem escolhe a Deus, deve superar-se, viver além. No homem há uma dilaceração. “Dentro de mim estou de acordo com a lei de Deus. Sinto, porém, nos meus membros outra lei que luta contra a lei que minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age em meus membros.”
A divisão, que existe na realidade do mundo, reproduz-se com precisão dentro de cada um de nós. A lei do “fácil” que afaga os instintos e o egoísmo, e a lei do “heróico” que exige coragem e perseverança. Não existe, porém, uma divisão nítida entre o bem e o mal. Nem todo o bem está de um lado e todo o mal de outro. Também no mundo existem realidades que não estão em oposição a Deus. É a sua finalidade que as torna boas ou ruins.
A mesma coisa acontece dentro de nós. Os sentidos, as emoções, os afetos, a inteligência e a vontade podem ser bons se se direcionam para Deus.
O discípulo de Jesus deverá sempre se opor a tudo o que é contra Deus e direciona para Ele todo o resto.
O Evangelho não nos pede que nos dividamos, que nos rebelemos contra nós mesmos, numa dilaceração intolerável. Ele nos impõe que nos superemos, que vivamos além, que projetemos nosso ser além do contingente, das coisas da terra, na dimensão da esperança.
Assim como discípulos devemos optar pela lei do heroísmo.
Não se dividir em dois, mas superar-se.
O discípulo vai além, avança em direção a Deus numa tensão permanente.
Deus o chama para viver além, e ele responde com a força de sua vontade e da graça.
“Percebia muito bem que Deus me chamava, mas, ao mesmo tempo, tinha certeza de que Ele seguramente me daria a força necessária para superar e vencer a tudo.”
Ele, o discípulo de Jesus, vive no território da esperança, confiando na Palavra do Senhor e colocando como meta as longitudes de Deus. Do mesmo modo, como o povo hebreu viveu o Êxodo, e a sua força é a esperança da terra prometida.
O verdadeiro Discípulo está sempre insatisfeito. Conquista uma, e logo quer alcançar outras metas. O que já possui, o que já é, não o satisfazem. Cada degrau que sobe amplia o seu horizonte e aumenta a sua sede.
Vive a tensão do “melhor”, sempre nos limites da ruptura, em avaliação continua. Nunca se sacia de Deus.
“Experimento sempre uma grande união com Deus, que, às vezes, dura um dia e uma noite, e deixa em mim um desejo enorme de dar-me a Ele sem reserva, de amar e de padecer e acredito que seja porque esses desejos não se satisfazem jamais.”
O discípulo não suporta os intervalos, os parênteses. Pretende uma intimidade ininterrupta, como se a terra já fosse o Paraíso.
Sua norma é a condição do “sempre-demais-pouco”. Percebe a Deus como uma necessidade contínua, nunca como uma quietude.A tranqüilidade não é uma característica dos cristãos, muito menos dos santos. O sossego é uma peculiaridade dos que já alcançaram, dos que estão com a barriga cheia, com o sexo satisfeito e possuem uma conta no banco.
A santidade não é para quem usa chinelos confortáveis e descansa em poltronas macias.
Onde não há tensão, existe tédio. E Deus pode ser tudo, menos tédio. Essa insatisfação é uma maneira de possuir a Deus.
É a única maneira de possuí-lo na terra. Não procuramos se já não possuímos. Viver além, já é viver com Deus.
Quanto mais um discípulo possui a Deus, tanto menos lhe parece tê-lo.
“O pobre está cheio de boa vontade e de queria, mas está sempre frio e é mais insensível que o mármore” .
Uma necessidade de Deus tão urgente que, como não a queima devoran¬do-o, o faz sentir-se gelado.(*)
(* texto do livro Rendição Total- ed.Com Deus)

6."Somos o que somos diante de Deus, nem mais, nem menos"

Na companhia de São Lucas, o ano litúrgico vai chegando ao seu fim, e com ele também seu relato da viagem de Jesus a Jerusalém, término da sua vida terrena. Por isso, o tema que nos acompanhará nestes três últimos domingos do nosso ano cristão será o da passagem à vida nova.
É possível que algumas pregações sobre os "novíssimos" (morte, juízo, eternidade) tenham sido inadequadas, gerando mais um pânico temeroso que uma esperança serena. A Igreja, fiel à herança do seu Senhor, não pretende acurralar a liberdade do homem entre medos e ameaças. Porém, não é por isso que vai se calar sobre o destino feliz ou infeliz que nos aguarda na terra definitiva, nesse lar do Pai Deus no qual Jesus nos preparou uma morada.
Mas não é a mesma coisa acreditar na vida eterna e acreditar na vida longa, e hoje se pratica um frenético culto à vida longa, com toda uma ascética, quase religiosa: academia, dietas, tratamentos... Tudo isso, certamente, é bom, mas deixa de sê-lo quando esmaga o horizonte existencial do homem, quando reduz a estima e a paixão pela vida a uma questão de estética ou de cosmética. Confundir a felicidade com uma fórmula antirrugas ou com uma dieta emagrecedora é trocar a eternidade pela longevidade, a casa de Deus pela academia, a adesão à vida inteira pelo apego à jovialidade-juventude.
Haverá um momento de grande verdade para todos, um momento no qual se verificará (fazer a verdade) nossa vida: o momento da morte. Então, despidos de posses e de interesses criados, poderemos verificar aquilo que São Francisco dizia: "Somos o que somos diante de Deus, nem mais, nem menos" (Admoestação 19).
A eternidade já começou para nós com a vida. Somos imortais. Viver tendo presente esse momento significa viver com a vontade de não querer improvisá-lo como quem se resiste frente a um encontro indesejado, mas inevitável. O importante é viver no cotidiano sendo o que somos na mente e no coração de Deus, isto é, realizando seu projeto, seu desígnio sobre nós, seu plano sobre todos e cada um.
Nosso coração exige de nós que as coisas mais belas, as mais amadas - começando pela própria vida e pelo próprio amor - não tenham ocaso. Este é nosso destino feliz, bem-aventurado e abençoado, que já começou, ainda que não tenha chegado à sua plena manifestação.(*)

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( * texto-meditação escrita por Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo, administrador apostólico de Huesca e Jaca.

Vamos rezar:

1-Inicie rezando ao Espírito Santo para que te leve a um profundo diálogo pessoal com Deus sobre seu chamado a vida Eterna em Deus!

2-Muita coisa na gente a gente não consegue enxergar com os nossos olhos. É preciso que tomemos emprestado o olhar do outro. Você já teve oportunidade de enxergar você mesmo pela boca de outro? (esse enxergar é refletir, ponderar, considerar; o outro pode ser desde pessoa até um, texto, um livro).

3-Leia o texto e Reze com ele: "Caríssimo: Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão.
Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e sobre a qual fizeste tão bela profissão de fé perante numerosas testemunhas.
Ordeno-te na presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu testemunho da verdade diante de Pôncio Pilatos: guarda este mandamento sem mancha
e acima de toda a censura, até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual manifestará a seu tempo o venturoso e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade e habita uma luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver.
A Ele a honra e o poder eterno. Amém".(I Tim 6,11-16)
- Questione-se: O verdadeiro “homem de Deus” (que Timóteo deve ser configurado em Cristo ) tem de distinguir-se por uma vida santa, enraizada na fé e no amor aos irmãos.
Em concreto, o “homem de Deus” deve cultivar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a doçura.
Tem de ser paciente e manso, diante das dificuldades que o serviço apostólico levanta.
Deve guardar “o mandamento do Senhor” – isto é, a verdade da fé que lhe foi transmitida pela tradição apostólica.
No que diz respeito ao perfil do “homem de Deus”, tudo se resume no amor para com os irmãos, no entusiasmo pelo ministério e na capacidade de transmitir a verdadeira doutrina, herdada dos apóstolos. Identificamo-nos com este modelo?

4- Reze sobre: Passar por essa vida sem viver de acordo com a sua verdadeira identidade em Cristo, é pagar um preço de vida muito alto para não chegar a lugar algum.
É desprezar todas as riquezas espirituais que Cristo conquistou para você no Calvário, é viver sem propósito, sem sentido, sem fruto, percorrendo apenas coisas do próprio interesse, que nada produzirá em relação à sua vida eterna.
Nosso objetivo devera ser sempre o Eterno e para o Eterno. Tudo tem peso para a Eternidade neste exato momento ...

5- Eternidade é que nos deve nortear toda a nossa vida. Santa Madre Teresa de Jesus já criança com seu irmão Rodrigo repetia: “Para Sempre! Para sempre!”
“Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta” ( Hebreus 12,1 )

6- Há algo de novo à minha volta pelo fato de eu ter aderido a Jesus e pelo fato de eu estar a percorrer o “caminho do Reino”?
Quais são os “milagres” que a minha “fé” pode fazer?

7- O termo “cristão” expressa uma grande verdade, somos a reprodução de Cristo em nossos dias, no modo de viver, de se comportar, em suas reações, seu caráter, sua missão.
O cristianismo em você não deve ser definido pelo fato de você ser membro de uma igreja e freqüentá-la, mas pelo estilo de vida segundo o modelo que é Cristo.

Não basta ter seu nome no livro de batismo e não ser de fato cristão em ato .
Infelizmente há na comunidade cristã, pessoas cuja ambição se sobrepõe à vontade de servir…
Aquilo que os motiva e estimula são os títulos honoríficos, as honras, as homenagens, os lugares privilegiados, as “púrpuras”, e não o serviço humilde e o amor desinteressado.
Esta será uma atitude consentânea com a pertença ao “Reino”?
Mesmo sem entender, a nossa missão é continuar a dar testemunho…
O que é que isto significa: um conservar inalteradas as fórmulas e os ritos, ou um redescobrir cada dia o essencial, adaptando-o sempre às novas realidades e aos novos desafios que o mundo põe?
Como é que sabemos se estamos em consonância com a proposta de Jesus?

8- Seus frutos é que determinarão o tamanho das recompensas celestiais!
Reze com este texto : Filipenses 3,17-21
A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo… Somos cidadãos dos céus!
Como genuínos cristãos, precisamos viver a vida que manifesta a nova criatura que somos, expressando a vida de Deus que está em nós. Paulo neste texto nos adverte a olharmos para aqueles que vivem de acordo com o padrão bíblico.
O termo “cristão” expressa uma grande verdade, somos a reprodução de Cristo em nossos dias, no modo de viver, de se comportar, em suas reações, seu caráter, sua missão?

9- Santa Madre Teresa, em sua vida, venceu as tentações e lutou contra o mundo sendo radical na sua vocação ‘guardando com perfeição a regra que professou’. Reze com estas palavras: “Minhas filhas e minhas senhoras, peço-lhes pelo amor de Deus que guardem com o maior cuidado a Regra e as Constituições; se as guardarem com a pontualidade e a obediência que devem, não será necessário outro milagre para canonizá-las. Não imitem o mau exemplo que lhes deu e lhes tem dado esta má religiosa, e perdoem-me”.

10- Escreva o resultado deste Retiro Mensal com seus propósitos e suas buscas a conquistar! Os santos e santas trilharam os caminhos da santificação, em meios aos desafios do seu meio e do seu tempo.

com minha benção
Pe. Emílio Carlos Mancini+

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