Que sentido tem o sofrimento e a dor que acompanham a caminhada do homem pela terra?
Qual a “posição” de Deus face aos dramas que marcam a nossa existência?
Neste quinto domingo do tempo comum somos convidados a refletir sobre o sofrimento e assim vemos Jó em um momento de oração onde exprime seus sentimentos a Deus pelo sofrimento que o acompanha.
Certamente a raiz de todo sofrimento é o Pecado, este nos afastou do coração de Deus e nesta inimizade, causada pelo homem, sofreu a perda da Graça Santificante e com isso perdeu a impassibilidade, que é a ausência de dor. Assim o sofrimento entrou no mundo e todo ser vivo está à mercê de todo tipo de sofrimento.
Certamente que Jesus se encarnou e recuperou na Cruz nos proporcionando uma nova vida, mas certas coisas como a impassibilidade, a integridade e a ciência moral infusa não foram recuperadas pelo Batismo.
Desta forma temos que fazer a nossa parte.
O Sofrimento só terá sentido se for associado ao de Cristo na Cruz, somente em comunhão com Cristo que teremos o alívio do sofrimento e para isso exige a FÉ.
No caso de Jó ainda não havia a conquista da salvação, mas mesmo assim vemos um homem de fé que soube colocar toda a sua vida nas mãos de Deus e se conformar com seu sofrimento tendo a certeza que Deus é maior que tudo. Olhando para o sofrimento, a dor, o pecado e tantas outras coisas decorrentes do Pecado que assaltam a vida humana só encontramos resposta e consolo na pessoa de Jesus.
Por isso que São João nos diz que “Todo aquele que permanece nele não peca; e todo o que peca não o viu, nem o conheceu”. (I Jo 3,6).
E Paulo nos diz: “Não é minha penúria que me faz falar. Aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei viver na penúria, e sei também viver na abundância. Estou acostumado a todas as vicissitudes: a ter fartura e a passar fome, a ter abundância e a padecer necessidade. Tudo posso naquele que me conforta”. (Fil 4, 11-13).
Como vemos só encontramos resposta pra tudo na pessoa de Jesus.
Quem não tem fé, quem não conhece a verdade revelada, quem não passou pela experiência do ressuscitado, não encontra sentido na vida e esta se torna um absurdo, assim muitos mergulham numa vida de vícios, de prazeres, buscando realizar a vida nas coisas terrenas e são infelizes, pois nada na vida irá completá-los, serão sempre insaciáveis em tudo o que fizerem, pois somente Jesus pode dar o valor devido a nossa existência. Por isso que vemos Paulo na loucura de evangelizar. Ele recebeu de graça a salvação e isso mudou completamente a sua vida e sente o compromisso de levar esta salvação aos outros para que muitas pessoas possam experimentar a Vida em Deus e serem felizes.
Na verdade as pessoas sofrem e não sabem o que fazer para sair desta situação. Nós sabemos.
Nós Cristãos sabemos, pelo menos teríamos que saber.
A evangelização é isso: Levar aos outros o alívio eterno de suas dores e angústias. De um lado precisamos passar por uma experiência com Jesus e cada vez mais profunda e de outro falar aos outros a mensagem de Jesus. “O evangelizado torna-se um evangelizador”. E Jesus tem pressa. Cura a sogra de Pedro e ela põem-se a servir. Olhe bem, toda pessoa que passa por uma experiência com o Senhor passa a servir os irmãos. E trouxeram os enfermos e endemoninhados e Ele curou a todos e depois disse: “Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim”. Essa é a missão da Igreja e você é a Igreja, pense nisso. No mundo em que vivemos já completou sete bilhões de pessoas e somente um pouco mais de um bilhão conhece Jesus e mesmo estes não passaram por uma experiência com Jesus apenas tem uma vida devocional e na maioria fazem uma distinção entre vida religiosa e vida social como se fossem distintas.
Então vemos que nosso compromisso é muito grande como o de Paulo: “Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens”. Busquemos intensamente uma relação íntima com o Senhor e lutemos com todas as forças para que outros possam encontrar o sentido para a vida. Antonio ComDeus |
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