Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012




UMA VIDA ESPIRITUAL INTENSA



Retiro Pessoal Mensal
Fevereiro-2012

Quem descobre o Senhor Jesus em sua vida e decide segui-lO com coerência se esforça por iniciar um caminho intenso de configuração com Ele.

Para quem descobriu aquela pérola valiosa, pela qual vale a pena vender todo o resto, a vida se abre com um horizonte de infinito, onde tudo ganha luz e sentido perante o convite a seguir o Senhor e dar testemunho de que Ele é o Caminho, Verdade e Vida.

Esse seguimento, sabemos bem, não é só um esforço por melhorar alguns detalhes de nossa vida, mudar tal ou qual defeito, ou nos esforçarmos por viver uma ou outra virtude. O que nos é pedido é uma mudança total, uma autêntica transformação de nosso coração de pedra em um coração de carne[1] que ame em uníssono com o Coração do Senhor Jesus e de sua mãe Santa Maria. O caminho do cristão é um caminho de desdobramento integral, um caminho que nos leva a colaborar com a graça que Deus derrama com abundância para que todo o nosso ser alcance «a estatura da maturidade de Cristo»[2].

Neste esforço, a vida espiritual tem um lugar fundamental. Isto não é uma novidade, mas hoje, inclusive para quem fez uma opção clara por uma vida de fé coerente, não são poucos os obstáculos para se ter uma vida espiritual intensa. O ritmo do mundo de hoje, as exigências dos afazeres diários, as preocupações cotidianas, em muitas ocasiões “devoram” os homens e mulheres de nosso tempo exteriormente e os afastam de seu interior. A vida espiritual não aparece sempre como prioritária e as urgências de cada dia vão relegando-a e marginalizando-a pouco a pouco, com conseqüências trágicas para a pessoa. Em sua primeira encíclica o Papa Bento XVI constatava precisamente como hoje «Cada dia vamo-nos tornando conscientes de quanto se sofre no mundo, apesar dos grandes progressos em campo científico e técnico, por causa de uma miséria multiforme, tanto material como espiritual»[3].

A vida espiritual não é uma dimensão acessória da pessoa e seu cuidado exige de nós uma atenção constante e permanente. O Catecismo da Igreja Católica assinala acertadamente que a vida no Espírito «realiza a vocação do homem»[4], e estas palavras nos abrem para uma compreensão da vida espiritual muito profunda e que abrange a pessoa toda. Trata-se, em primeiro lugar, de descobrir a importância que tem esta dimensão de nossa vida, e deste modo pôr os meios necessários para fazê-la crescer e frutificar. Não atender a nossa vida espiritual significa pouco a pouco ir deixando secar nossa vida interior, com lamentáveis conseqüências para nosso desdobramento e realização, para as outras dimensões de nossa vida.

Chamados a nos configurar com o Senhor

A vida espiritual encontra seu fundamento em uma sólida fé na mente, uma intensa fé no coração e uma comprometida fé na ação. Ao refletir sobre a vida espiritual é essencial entender o chamado da pessoa a configurar-se com o Senhor. É a partir deste chamado —desta vocação a nos configurarmos com o Senhor Jesus— que devemos estruturar nossa vida espiritual. Ela implica em um desdobramento integral que busca «viver em abertura e docilidade ao Espírito que derrama o amor de Deus em nossos corações»[5]. Trata-se de que toda nossa vida, pelo Espírito Santo, se configure, a partir de nossa mesmidade, à vida do Senhor Jesus. Colaborar com a graça supõe ir avançando por este caminho de desdobramento integral. Por isso, nossa vida espiritual se nutre do «faça-se»[6] de Maria. Seguindo o exemplo de sua vida de fidelidade nos educamos a viver respondendo ao Plano de Deus em todo momento.

Avançar por este caminho implica seguir um percurso que tem como eixo a liberdade da pessoa e sua cooperação com a graça para «chegar a ser participante da natureza divina»[7]. É um caminho de liberdade “em” e “pelo” Espírito Santo, que leva a pessoa a viver plenamente a fé em suas distintas dimensões. Na base deste processo está a conversão, aquela metánoia[8] da qual fala o Evangelho e que é um urgente convite à mudança de mentalidade, à mudança daqueles critérios que se opõem ao Plano de Deus por aqueles que nos levam a viver segundo o desígnio divino. Remete-nos, deste modo, àquele duplo dinamismo do qual fala São Paulo, aquele “despojar-se” e “revestir-se”[9] para fazer crescer a graça em nosso interior através de um trabalho ativo e metódico de busca da virtude e eliminação de todo obstáculo.

Uma vida aberta ao Espírito Santo

A conseqüência de todo este dinamismo é uma vida aberta ao Espírito Santo. Deus sai ao nosso encontro e nos convida a participar de sua vida pelo Espírito, oferece-nos uma nova vida que brota da Santíssima Trindade e que só pode se desenvolver sob sua ação. Uma vida espiritual intensa implica precisamente em uma constante abertura ao Espírito, e isso comporta uma exigência cotidiana em cada uma de nossas ações e de modo especial, implica uma consciência daquilo que dá sentido a nossa vida: Deus que nos convida a participar de sua comunhão plena de Amor.

O amor é um aspecto central da vida espiritual, pois “se não tiver amor, não sou nada.”[10]. Por isso a vida espiritual deve ser, acima de tudo, um ato contínuo de amor a Deus, um ato de fé, participando de um dinamismo aprendido e interiorizado no processo de amorização, amando Maria à semelhança de como seu Filho a amou. Este é o fundamento de uma vida espiritual, e desta maneira iremos avançando para a configuração com o Senhor Jesus.

A vida espiritual deve ser intensa para que seja autêntica vida espiritual. Se não for vivida intensamente não está respondendo ao que a identidade e a natureza da pessoa reclama. É intensa porque envolve toda a pessoa, mas também porque implica em um compromisso radical e coerente com a vida cristã. É, além disso, intensa, porque se trata de uma abertura ao Espírito, uma abertura que nunca pode ser nem indiferente nem despreocupada, pois o Espírito é força dinâmica que nos impulsiona com ardor. É intensa também porque nos leva ao encontro de Jesus e faz da vida uma experiência de plenitude e realização em que se vão desdobrando as capacidades da pessoa. Mais ainda, é intensa porque tem como núcleo o amor, que é participação do Amor de Deus, e portanto participação da própria vida da Trindade.

Fazer da vida uma liturgia contínua

Temos ao nosso alcance numerosos meios para ir avançando por este caminho. Tudo aquilo que nos ajude a empreender esse bom combate da fé[11] do qual nos fala o Apóstolo alenta uma vida espiritual intensa. Dentro deste caminho, a vida de oração tem uma importância fundamental. Embora seja essencial entender que a vida espiritual não se reduz à vida de oração, a oração é um aspecto nuclear da vida espiritual, e portanto todos devemos dispor com seriedade uma atenção constante à vida de oração. Aqui —dizia Romano Guardini— «o homem deve saber que está em jogo algo muito importante. Neste ponto não deve ser indeciso em pôr em prática o que dele requerem o dever e a necessidade (...) Assim como não se pode viver sem respirar, assim tampouco o cristão pode viver à deriva, sem oração». A atenção à vida de oração é uma parte importante no desdobramento da vida espiritual.

Devemos procurar em nossa vida ter aqueles momentos fortes de oração que nos renovem em nossos compromissos e em nossos desejos de uma vida cristã coerente. A participação na Eucaristia, a adoração Eucarística, a reza de algumas orações, por exemplo. Mas deve ficar claro que, junto com a atenção à vida de oração, a vida espiritual implica todo esforço por nos configurarmos com o Senhor Jesus. Toda luta por nos despojarmos do “homem velho”, todo esforço por crescermos na vivência da virtude, toda iniciativa por viver em presença constante de Deus. Os momentos fortes de oração são essenciais, como o é também iluminar nossas ações à luz do Plano divino de Amor, aprendendo a viver constantemente na presença do Senhor.

A unidade constitutiva da pessoa é um convite a vincular a vida e a praxe concreta e cotidiana com a fé.

Por isso, como dizia O Papa João Paulo II, «a existência cristã é "vida espiritual", quer dizer, vida animada e guiada pelo Espírito em ordem à santidade e à perfeição da caridade.»[12]. Procurar viver na presença de Deus as tarefas e atividades de cada dia, o trabalho, a vida em família, todo âmbito da vida cotidiana, tudo isso se torna ocasião de santificação e portanto faz parte daquela intensa vida espiritual à qual estamos chamados.

Trata-se, no fim das contas, de fazer de nossa vida um culto agradável a Deus, um gesto litúrgico[13]. Isto também faz com que cada ocasião da vida seja uma ocasião de apostolado. Quem vive fazendo de sua vida um gesto litúrgico vive anunciando o Senhor através de cada uma de suas ações. Assim, cada momento da vida pode ser apostolado, posto que a dinâmica evangelizadora não se reduz a momentos isolados ao longo da jornada, mas brota da própria vida de fé, esperança e caridade, e se plasma na vida e ação cotidianas.

O desafio, então, é fazer da vida cotidiana uma liturgia contínua. Desta maneira, nossa vida se tornará, em todo momento, uma oferenda agradável a Deus, uma ocasião de lhe dar glória[14], à semelhança de Santa Maria, seguindo aquele formoso convite de São Paulo: «quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus»[15]. Esta é a vida espiritual intensa que nossa natureza reclama.

CITAÇÕES PARA A ORAÇÃO

Guia de Oração


•O horizonte é a configuração com Cristo: Gl 4,19 ; Ef 4,13.
•A vida espiritual se nutre do “Faça-se” de Maria: Lc 1,38.
•É necessária a conversão: Mc 1,15 ; Ef 4,22-24.
•O amor, núcleo da vida espiritual: Rom 13,10 ; 1Cor 13,2 ; 1Cor 13,13.
•Orientada a dar glória a Deus em todo momento: Jo 15, 5 ; Ef 1,4.

PERGUNTAS OU DIÁLOGO


1.Por que para nos configurarmos com o Senhor Jesus é tão importante ter uma vida espiritual intensa?
2.Como está minha vida espiritual? Quais são minhas maiores dificuldades? O que posso fazer para melhorá-la ainda mais?
3.Como vivo o processo de amorização? Compreendo que o amor é essencial para a vida espiritual?
4.O que significa fazer da própria vida uma liturgia contínua? Estou fazendo?
5.Como está minha vida de oração? Tenho momentos fortes de encontro com o Senhor Jesus?
6.Que coisas concretas me ensina o Senhor Jesus sobre a oração?

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[1] Ez 11,19.

[2] Ef 4,13.

[3] S.S. Benedicto XVI, Deus caritas est, 30.

[4] Catecismo da Igreja Católica, n. 1699.

[5] Luis Fernando Figari, Trinidad y creación, Fondo Editorial, Lima 1992, p. 36.

[6] Lc 1,38.

[7] 2Pd 1,4.

[8] Ver Mc 1,15.

[9] Ver Ef 4,22-24.

[10] 1Cor 13,2.

[11] Ver 2Tm 4,7.

[12] S.S. João Pablo II, Pastores dabo vobis, 19.

[13] Ver Puebla, 213.

[14] Ver Jo 15,8.

[15] 1Cor 10,31.

Paz e Bem !

Pe.Emílio Carlos+

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