Naquele tempo, Jesus levou
consigo Pedro, Tiago e João e os fez subir a um lugar retirado, no alto
de uma montanha, a sós. Lá, ele foi transfigurado diante deles. Sua
roupa ficou muito brilhante, tão branca como nenhuma lavadeira na terra
conseguiria torná-la assim. Apareceram-lhes Elias e Moisés, conversando
com Jesus. Pedro então tomou a palavra e disse a Jesus: «Rabi, é bom
ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e
outra para Elias». Na realidade, não sabia o que devia falar, pois eles
estavam tomados de medo.Desceu, então, uma nuvem, cobrindo-os com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: «Este é o meu Filho amado. Escutai-o!». E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém: só Jesus estava com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos. Eles ficaram pensando nesta palavra e discutiam entre si o que significaria esse «ressuscitar dos mortos».
Com o propósito de evitar equívocos e más interpretações, Jesus «ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dos mortos». (Mc 9,9). Os três apóstolos contemplam a Jesus transfigurado, sinal de sua divindade, mas o Salvador não quer que se divulgue até depois de sua Ressurreição, quando se poderá compreender a dimensão deste episódio. Cristo nos fala no Evangelho e em nossa oração; então poderemos repetir as palavras de Pedro: «Rabi, que bem estamos aqui» (Mc 9,5), sobretudo depois de ir a comungar.
O prefácio da Missa de hoje nos oferece um belo resumo da Transfiguração de Jesus. Diz assim: «Porque Cristo, Senhor, tendo anunciado sua morte aos discípulos, revelou sua glória na montanha sagrada e, tendo também a Lei e os profetas como testemunhas, os fez compreender que a paixão é necessária para chegar à gloria da ressurreição». Lição que cristãos não devem esquecer nunca.

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