Esta certeza deve soar em nós como algo alegre, esperançoso, pois o Senhor virá na sua segunda vez para consumar todas as coisas Nele.
Isso é maravilhoso e, ao mesmo tempo, muito comprometedor. Nossa atenção não deve estar voltada para a vinda – objetivamente falando – mas para aquilo que devemos ser e fazer, enquanto cristãos, para que quando o Senhor voltar, nada seja surpresa para cada um de nós.
Quero dizer: não olhemos para o dia que o Senhor virá, mas olhemos para a nossa vida e a vivamos em Deus; dessa forma, estaremos preparados para receber aquele que é o Senhor da nossa vida.
Nunca me esqueço, meus irmãos e irmãs, de um fato maravilhoso que aconteceu em minha vida.
Quando estava para entrar no seminário, às vésperas do dia de meu ingresso no seminário, aproveitei o fato de ainda estar em casa e fui visitar o meu pároco – Pe Mario Tarani – que estava hospitalizado por causa de uma enfermidade grave. Ele estava com uma infecção urinária, da qual não pode escapar vivo; morreu alguns dias depois de minha visita. Ao estar com ele no hospital, pela ocasião da visita, ele me perguntou: “Pacheco, meu filho: quando estarás indo para o seminário?” Respondi para ele, cheio de alegria: “Daqui dois dias tenho que me apresentar no seminário; estou muito feliz, padre! Quero ser um sacerdote santo para a Igreja. Quero ser um homem santo, um padre santo como o senhor!”
Ele, cheio de humildade me respondeu: “Estou na luta pela santidade, meu filho; falta muito. Mas vou te dar um conselho para tu te tornares um sacerdote plenamente feliz e realizado como eu: Tudo o que fores fazer, faça com profundo amor. Na hora de rezar, reze! Na hora de estudar, estude; na hora de dormir, durma, na hora de comer, coma bastante – visto que no seminário a comida é muito boa. Na hora de praticar esporte, pratique. Ou seja, meu filho: seja todo, inteiro, em tudo que for fazer, pois para cada coisa existe seu tempo e sua atenção, pois tudo é necessário, importante e caminho para a santificação, até porque antes de sermos santos precisamos ser gente, pessoa.
Meu Deus, saí daquela visita estupefato de tamanha alegria por aquele conselho tão simples e profundo.
Para dizer, meus irmãos e irmãs, que estar preparado para o Senhor que vem, significa estarmos todo inteiro em tudo aquilo que o Senhor nos chama a viver nesta vida.
Repito: não tenho que me ocupar e me preocupar com a chegada do Senhor, mas tenho que me ocupar em viver a sua vontade em minha vida, que passa, diretamente, pelo meu viver, em todas as suas dimensões.
Tudo o que formos chamados a viver, deve ser vivido intensamente, no amor, fazendo de todas as circunstâncias da vida, um meio para amar e viver a caridade para com o próximo.
Padre Pacheco
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