Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 5 de março de 2012

"Senhor, aumentai a minha fé!"


Estamos no tempo da quaresma e a Igreja nos apresenta a figura de Abraão, o ícone de homem que crê e obedece a Deus, arriscando muito. Deus testa a fé de Abraão:

- Primeiro, ordena que ele deixe a terra do seu nascimento, as suas propriedades, seus conhecimentos, seu lugar na sociedade, e o manda para um país distante, misterioso, com a promessa de torná-lo pai de um povo numeroso. Abraão sai de Ur e vai para onde Deus o envia, confiando nele.

- Depois, Deus o testa pedindo-lhe que sacrifique seu único filho, Isaac. As religiões dos povos que não conhecem a Deus (como os da América pré-colombiana) exigiam sacrifícios humanos. Abraão obedece a Deus, aceitando a sua vontade. Quando Deus o chama, ele responde: "Aqui estou".

Abraão arrisca muito, porque confia em Deus, que recompensa a sua fé e a sua obediência e faz dele o pai do povo judeu, do qual nascerá, muitos séculos depois, o Messias, o Salvador da humanidade. Mesmo para nós, a fé é sempre um risco, como foi para Abraão. Ela nunca é um processo pacífico, mas uma conquista diária, contínua, um dom de Deus que pedimos todos os dias. "Senhor, aumentai a minha fé!" foi a jaculatória do servo de Deus Marcello Candia. Eu lhe dizia: "Marcello, você tem muita fé". E ele respondia: "Piero, a fé nunca é demais".

O evangelho de São Marcos apresenta Jesus que chama Pedro, Tiago e João e os leva até um alto monte, num lugar isolado, e se transfigura diante deles, brilhando com uma luz extraordinária, com roupas tão brancas "que ninguém poderia deixá-las com tal brancura". No evangelho de São Marcos, a Transfiguração é um divisor de águas entre as duas fases da vida de Jesus:

- Antes, temos o Jesus que transforma água em vinho, multiplica pães e peixes, cura os leprosos, mudos, cegos, possessos, acalma as águas do lago. Um Jesus taumaturgo, um Messias poderoso e triunfante.

- Depois, vem o colapso da sua humanidade. Acusado injustamente e preso, flagelado, coroado de espinhos, pregado na cruz como um delinquente.

Para confirmar a fé dos Apóstolos em vista da paixão e da morte na cruz, em preparação para aquele final que nenhum dos apóstolos imaginava, eis que Jesus se transfigura diante deles, para dar outro sinal da sua divindade, além do sinal dos milagres.

O que a Palavra de Deus nos diz neste domingo? Que a fé é o fundamento da vida de cada cristão e que a fé significa seguir a Deus e seguir a Cristo em cada circunstância da nossa vida.

Todos nós fomos batizados e recebemos de Deus o dom da fé. Agora devemos nos perguntar: quanto Deus conta na minha vida? Ele vem em primeiro lugar ou é secundário? É a inspiração que me guia em todas as escolhas que eu faço, ou é um fato intelectual, afastado da minha vida cotidiana?

Nós vivemos na era do secularismo, da fé que nunca é mencionada. O mundo moderno nos faz viver como se Deus não existisse.

Um exemplo muito atual: neste 1º de março, morreu na Suíça um dos maiores cantores italianos, Lucio Dalla. Dalla era católico.

Em 2 de março, o jornal católico Avvenire trazia estas manchetes sobre a morte do cantor: "Eu ainda tenho muitas dúvidas, mas Deus é uma certeza"; "Jesus é a minha única referência sólida"; "Um buscador da verdade"; “Musicou salmos e cantou para dois papas”; “Seu porta-voz: ‘Para ele, a morte era apenas o fim do primeiro tempo’". No jornal católico, há vários artigos sobre a fé de Lucio Dalla e sobre como a fé e a oração o ajudaram na vida, conforme ele mesmo dizia.

Já no Corriere della Sera, as manchetes foram: “O último show e os autógrafos para os fãs”; “Ataque cardíaco após café da manhã no hotel”; "Aos 7 anos me encantei com a música de Puccini"; “O gênio que se sentia um pequeno palhaço”; “Criou em casa uma família extendida com irmãs e amigos”; “Descobriu jovens talentos”; “Era estranho e tinha faculdades espíritas”.

Mas o realmente estranho é o seguinte: além dos artigos sobre a fé de Lucio Dalla, o Avvenire publicou vários outros sobre o seu gênio musical e sobre as suas músicas. Já o Corriere della Sera não fez qualquer menção à fé de Lucio Dalla. Sua fé simplesmente não existia.

Enzo Bianchi testemunhou: "Ele tinha uma fé muito forte e inabalável no futuro, em Jesus Cristo, a quem sentia como uma presença que lhe dava significado". Será por acaso um falso testemunho? Por que o maior jornal italiano, assim como os outros jornais "seculares" ou "secularistas", não recordaram esses dados básicos sobre a vida de Lucio Dalla?

O exemplo apenas mostra que vivemos nesse mundo e que é inútil reclamar. A Igreja, especialmente na quaresma, nos chama, a todos os batizados, à conversão. A uma fé que importe nas nossas vidas. A crise na Igreja de hoje é essencialmente uma crise de fé. Fez muito bem o papa Bento XVI ao convocar o Ano da Fé, que começará em 11 de outubro de 2012, no 50 º aniversário do início do Concílio Vaticano II.

A crise de fé na Igreja significa que, para muitos batizados, entre eles alguns consagrados, a fé existe, mas continua a ser uma crença intelectual, com influência irrelevante ou pequena nas escolhas que fazemos na vida. Ela não se converte a Cristo, não nos apaixona por Cristo, é uma fé em Cristo separada da nossa vida real. Secularização significa isso: não é o ateísmo militante e aberto de antes, mas uma indiferença, uma adesão acrítica às modas do mundo, um materialismo prático.

Na primeira vez que fui à China, em 1973, com uma comissão técnica autorizada na época da "Revolução Cultural" de Mao, só havia uma igreja aberta. Perguntávamos aos guias: "Onde é que podemos achar uma igreja para rezar?" A resposta era sempre a mesma: "A China aprendeu a viver sem Deus". O nosso mundo "cristão" corre o risco desse mesmo fim?

Reflexão quaresmal do padre Piero Gheddo, do PIME

ROMA, segunda-feira, 5 de março de 2012 (ZENIT.org)

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