Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Elizabeth Kindelmann

Na Hungria, Elizabeth Kindelmann, mãe de 6 filhos, viúva, pecadora, a Santíssima Virgem manifestou o desejo de ser conhecida no mundo com a Chama de Amor do seu Coração Imaculado.

O País de regime comunista tivera muita dificuldade em passar a mensagem, porém por se tratar de uma Obra de Deus, apesar de todas as dificuldades, este pedido não só se espalhou pela Hungria, como para outros países. Atualmente esta organizada em 40 países como Movimento da Chama de Amor do Imaculado Coração de Maria.

No Brasil a devoção iniciou nos anos de 1978 com dois focos: Rio Grande do Sul e São Paulo. E assim vinha sendo divulgado.
No ano de 1999 foi adquirido na cidade de Jacareí – Bairro Campo Grande, uma área onde foi construída para retiros e romeiros vindos de outras cidades e Estados.
O Santuário foi oficializado em 2000.

O dia consagrado a Chama de Amor do Imaculado Coração de Maria é dia 12 de cada mês. Neste dia há adoração ao Santíssimo Sacramento, Terço da Chama de Amor e celebração da Santa Missa.


O caminho pelo qual o Senhor nos conduz não se interrompe jamais: somos nós que nos desviamos dele. Eu também me desviei. As muitas preocupações, o trabalho extenuante, além da viuvez, acabaram com o meu recolhimento espiritual e, aos poucos me afastaram de Deus. O contínuo esforço pela sobrevivência ocupava a minha alma.

Nessa longa luta, a minha vida espiritual havia definhado tanto, que até a firmeza da minha fé estava ameaçada. Nessa contínua luta pela existência, eu me questionava: “Vês? Sempre te disse: para que ter uma família numerosa?”. Enquanto revolvia esses pensamentos, tudo o que antes havia sido sagrado para mim e dava sentido à minha vida, agora parecia inútil e vazio. Despediam-me de um trabalho e tinha de ir procurar outro. Então a miséria aumentou, e mais forte era a tentação. O inimigo mau me molestava continuamente: “Por que estás enganando tu mesma? Sabes bem que há muito tempo já terias abandonado a luta. Só ainda não fizeste isso porque não sabes o que dizer aos teus filhos. Não sabes como lhes dizer tudo aquilo em que nem tu mesma já não acreditas mais. Retira essa máscara e vê como te aliviará! Pois logo os teus filhos descobrirão o que ainda tentas esconder deles.” Então me detive e, de repente, apareceu diante de mim o Rosto de Deus, já muito apagado na minha memória. Assim iniciou-se uma grande luta em mim. Algo indescritível! E eu implorava a Deus. Não encontro palavras para expressar a luta espiritual que começou em mim. A luta era espantosa, e me contraía os nervos.

Ainda ia à Santa Missa. Mas ela era para mim tão vazia! E me cansava. Nessa época trabalhava em dois turnos na fábrica. Numa semana no que começava na madrugada e na outra no turno da tarde, que terminava à meia-noite. E ainda trabalhava aos domingos. Os meus filhos iam à missa dominical pela manhã, enquanto eu ia à noite. Era melhor, porque assim não veriam a minha falta de recolhimento. Na hora da missa, em vez de fazer oração, eu bocejava, entediada. Um dia decidi não ir mais. “Não vou mais para bocejar”, pensava. Assim parecia que até a minha consciência havia se resignado a isso.

Um domingo, eu me pus a lavar a roupa da semana. De manhã mandei os meus filhos à missa e fiquei lavando roupas o dia todo. No final da tarde os meus filhos me lembraram de ir à missa: “Mamãe, já são cinco e meia!” Fiquei irritada e continuei o meu trabalho. Até que um dos meus filhos, pouco antes das seis, disse: “Por favor, apressa-te!” Isso me sacudiu muito e então eu fui.

Fui. Mas nesse estado não sabia como me dirigir a Deus. Ficava divagando: “Como sou boba! Por que ainda guardo o jejum do Carmelo? É por puro hábito! Deixa já tudo isso!”. Decidi não me privar mais de comer carne, já sendo minha alimentação de tão má qualidade. Sempre guardei esse jejum sem nenhuma dificuldade. Mas só por rotina! Quando voltei para casa, não sei como caiu nas minhas mãos o pequeno saltério da Santíssima Virgem. Então o abri e me pus a rezar. Mas essa oração, que anteriormente brotava do meu coração para Deus, agora parecia um murmúrio vazio. Peguei o meu antigo livro de meditação, mas em vão me esforçava: um silêncio escuro, frio e mudo me rodeava por todos os lados. Desatei a chorar: “Deus já não quer saber mais de mim!”. Experimentei uma grande angústia interior. E me vieram pensamentos que, se descobertos, seria blasfemar contra Deus. Em meio a esse grande combate, eu ouvia as palavras horríveis do inimigo maligno: “Eis para que permito isso: para que te convenças de que é inútil continuares lutando”.

Essa terrível luta durou uns três anos. Até que um dia a minha filha C. me disse: “Mamãe, depressa! Hoje às duas da tarde será o enterro do Doutor B.” Já era uma da tarde. Isso me golpeou o coração e, sem pensar mais, fui me vestir para não me atrasar. Quando entrei na sala do velório, rompi em prantos. Pensava: “Ele está bem agora. Ele foi um verdadeiro carmelita, de vida santa e exemplar. Mas e eu? Chegarei um dia lá?” “Não chores!” Era a sua voz amável e mansa, como só as almas bem-aventuradas podem falar. “Regressa ao Carmelo!”.

O dia seguinte era domingo, 16 de julho, Festa da Rainha do Carmelo, Patrona da nossa Igreja. Cheguei bem de manhã e fiquei até o começo da noite. Com muita dificuldade levantei-me para ir me confessar. Uma secura terrível consumia a minha alma. Não sentia remorsos. Rezei a penitência mecanicamente, enquanto pensava: “Toda essa gente está louvando a Santíssima Virgem!” E não me passou pela cabeça que eu também estava ali louvando! Somente pensava no irmão B., porque isso proporcionava um pouco de alívio na alma. Foi ele quem me deu o impulso para ir até a Virgem Santíssima: “Anda e ajoelha diante dela!” Assim fiz, mas não encontrei a paz.

Já era tarde da noite quando cheguei em casa. Então fui surpreendida por uma sensação tão estranha, como se eu tivesse deixado a minha alma aniquilada e gasta no Carmelo. Apesar de naquele dia não ter comido nada, com muita dificuldade fui aplacar a minha fome. O maligno se pôs de novo junto a mim: “Tola! Para que te serve tudo isso? Vai descansar bem e não dês importância a essas coisas!”.

Com um peso no coração, saí para o jardim, onde, no silêncio da noite, minhas lágrimas começaram a brotar abundantemente. Sob a luz das estrelas, diante da imagem da Santíssima Virgem de Lourdes que havia no nosso jardim, comecei a orar com profundo fervor. Na manhã seguinte, fui depressa à pequena capela que freqüentava
em outros tempos, quando eu ainda era uma jovem mãe e onde me encontrei tantas vezes na mesa do Senhor com o irmão B. Hoje também era a simpatia que sentia por ele que me levava até lá. No caminho eu me encontrei com algumas antigas conhecidas que se lembravam de mim como uma jovem mãe exemplar. Isso me confundia, porque acreditava que o maligno agora queria me tentar com a vaidade. Implorava de coração: “Amada Mãe do Céu, nunca mais quero ser infiel. Não me abandones.
Segura-me firmemente, pois estou com medo de mim mesma! Meus passos estão tão inseguros!”
Durante a Santa Missa roguei sem cessar ao Senhor Jesus: “Senhor, perdoa os meus pecados”. Não me atrevia a me aproximar da mesa do Senhor, ainda que a pessoa ao meu lado mais de uma vez me puxou pelo braço: “Vamos lá!”.

O SENHOR CHAMA À PORTA

Nesses dias recebi aquelas graças extraordinárias que o Senhor concede somente àqueles que são débeis e convalescentes. Uma irmã que estava ajoelhada junto a mim me disse: “Ajoelho-me junto a ti para ser eu também uma santa”. Oh, eu sabia que ela via e sentia o Senhor Jesus dentro da minha alma! Depois disso andava continuamente com os olhos encharcados de lágrimas. O amor que sentia por Jesus Cristo encharcava os meus olhos com lágrimas de arrependimento. Não queria ver mais o mundo: só buscava o silêncio para poder ouvir continuamente a voz do Senhor. Porque a partir de então era Ele quem me falava. Oh, essas conversas íntimas são tão singelas! Roguei ao Senhor Jesus que me permitisse banhar no mar da sua graça. Pedia fervorosamente essa graça para os meus filhinhos também: que Ele os atraísse para a sua companhia. O Senhor me prometeu que me concederia isso, se eu pedisse com freqüência e perseverança.

Enquanto eu O adorava, submersa em profunda devoção, o demônio me falou assim: “Crês que Ele pode fazer isso? Se Ele tivesse poder faria só porque isso seria bom para Ele também.” Que tremenda bofetada! Meu coração ficou oprimido. Então apareceu o Sagrado Rosto do Senhor diante dos meus olhos espirituais e falou assim:

Jesus Cristo: “Olha o meu Rosto desfigurado e o meu Sagrado Corpo torturado! Acaso não sofri para salvar as almas? Crê em Mim e louva-me!”

Nesse momento fiz atos de fé, esperança e caridade. Supliquei que permitisse que eu jamais me separasse d’Ele. Que Ele me acorrentasse firmemente aos seus sagrados Pés, para que ficasse sempre junto a Ele. Assim me sentiria segura. Ele, por sua vez, pediu que eu renunciasse a mim mesma, já que sou distraída e mundana.

Jesus Cristo: “Não te obrigo. O livre-arbítrio é teu. Faz somente se tu quiseres!”

Com todas as minhas forças procurei atender ao seu pedido. Depois tudo ao meu redor foi se ordenando, de tal maneira que eu era levada cada vez mais para perto d’Ele, pois Ele continuava me pedindo:

Jesus Cristo: “Grandes graças gostaria de te dar. Mas para isso deves renunciar completamente a ti mesma!”

Graves eram essas palavras para o meu entendimento. Por isso perguntei: “Serei capaz disso?”

Jesus Cristo: “Tu somente deves querer. O resto, confia a Mim.”

Isso me custou novas e novas lutas. Mas o Senhor iluminou a minha compreensão e me guiou passo a passo. E tive de realizar essas renúncias dentro da minha própria família. Enquanto o meu filho caçula me acompanhava, não estava claro para mim o sentido e o valor dessas renúncias.

Em casa tive de me apertar mais e mais para deixar espaço aos meus filhos, que formavam as suas próprias famílias. Isso me custou muito. Tinha uma casa de quatro cômodos, com as comodidades modernas. Restou-me apenas a cozinha. Mas até a ela renunciei, apesar disso ter me custado muito.

Ao sair dali, as muitas lembranças, alegres e tristes, do passado invadiram os meus pensamentos. Eu me lembrava dos muitos acontecimentos familiares, das noites tão aconchegantes do Natal, dos casamentos dos meus filhos e das festas de batizado dos meus netinhos. E também da mesa servida pobremente nos anos mais difíceis, quando não tínhamos para o café da manhã mais que um pedaço de pão com manteiga. E durante anos comemos nada mais que o pobre prato de legumes, sem
nenhum acompanhamento. Mesmo assim eu tinha o cuidado de colocar junto a cada prato uma maçã bem bonita. Punha a mesa com esmero, para que, assim, as crianças não percebessem que estávamos passando por anos de miséria.

Naqueles tempos mostrava-me feliz para eles. Mas, no fundo, escondia a minha preocupação com a sua alimentação. Assim essa parte da casa era parte do meu coração. Por isso foi difícil renunciar a ela.

Mudei-me para outro quarto, pensando que ali, então, faria o meu ninho de recordações. “Era o quarto dos meninos”, pensei. “Aqui a minha alma encontrará paz e tranqüilidade. Já não terei que mudar mais de quarto.”

Pouco antes o meu filho caçula havia se casado. Então, para que ele também pudesse ter o seu próprio quarto, renunciei ao meu espaço novamente. Senti que foi Ele, o Senhor, quem me pediu esse sacrifício, para que eu me tornasse inteiramente pobre. Desfilaram diante dos meus olhos as noites que passei acordada junto ao leito de algum filho doente, as orações noturnas, as brincadeiras alegres, as aconchegantes leituras familiares. Ao pensar nessas recordações, senti uma dor como se arrancassem algo muito querido ao coração. E o Senhor chamava…

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