Vivemos uma era do mito de Narciso(*), o culto ao luxo, a beleza e a vaidade extremada.
Muita gente direciona a sua vida a um estilo de prazer, pelo absoluto prazer carnal.
Há um vazio no coração do ser humano que só o bom Deus pode preencher amorosamente.
Com razão escreveu o célebre “Doutor da Graça”, Santo Agostinho: “Se, de fato, você invocasse a Deus, ele viria e seria sua riqueza”.
Mas você, na realidade, prefere ter o cofre cheio e a consciência vazia. Deus preenche os corações, não os cofres. De que lhe servem as riquezas exteriores, se o que move internamente é a miséria?.
O culto ao corpo, ao luxo e a beleza, não só leva ao vazio, a depressão, a idolatria, a prostituição, ao adultério, ao crime, mas a morte física e espiritual.
De acordo com a Bíblia, “o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12 – NVI).
É a morte do corpo e da alma. Enquanto a morte física separa a alma do corpo, o qual retorna à terra, a morte espiritual afasta o homem de Deus.
E o pecado é o causador dessa separação.
O profeta declara: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.2).
Que tristeza! Tanto a morte física quanto a morte espiritual constituem a grande tragédia da humanidade.
Em segundo lugar, essas duas mortes, física e espiritual, morrem na vida dos que estão em Jesus Cristo.
Quer dizer, a morte que tanto nos aflige e nos tira a alegria já tem sua morte decretada em Cristo.
Em outras palavras: a “morte morre”.
A morte morre?
Estranho, não é?
Bem, a morte eterna, que é a finalização da morte espiritual, já morreu antecipadamente para quem vive para Deus.
Jesus diz: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Por isso, Jesus foi levantado na cruz e crucificado “para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.15).
A vida eterna anula a morte eterna, a separação definitiva entre o ser humano e Deus. Logo, a vida eterna já nos é assegurada em Cristo nesta vida.
Quanto à morte física, sabemos que não escaparemos dela, a menos que Cristo volte antes que ela ocorra.
Felizmente, há uma certeza para nós: “Ora, o último inimigo a ser aniquilado é a morte” (1Co 15.26).
Quando se dará?
Na ressurreição dos mortos em Cristo, por ocasião da volta do Senhor Jesus.
Em I Coríntios 15,50-55, Paulo diz que quando o nosso Senhor retornar à terra, os vivos subirão com os corpos transformados, isto é, corpos íntegros e imortais.
Então, se cumprirá a Palavra de Deus: “Tragada foi a morte pela vitória” (I Cor 15,54).
Em I Tessalonicenses 4,16-17, lemos que os que morreram em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos serão arrebatados com eles para viverem eternamente com o Senhor Jesus.
Já em Apocalipse 21,4, está escrito: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.
Isto é, a morte física terá seu fim.
Concluímos dizendo que a morte da morte na morte de Cristo é um fato que nos deve levar a amar mais o nosso Senhor.
Por que Jesus Cristo teve de passar pela morte?
Para anular a morte, que foi decretada contra nós por causa do pecado.
A morte física, que desaba sobre nós como uma guilhotina sobre a cabeça do condenado, e a morte espiritual, que traz a conseqüente e terrível morte eterna, são inevitáveis resultados do pecado.
Mas a vitória do cristão está garantida, como diz o apóstolo: “Graças a Deus, que nós dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Cor 15,57).
com minha benção sacerdotal
Pe.Emílio Carlos+
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(*)O MITO DE NARCISO.
- Narciso encantou-se com a sua imagem refletida no espelho de água do lago.
- E ficou contemplando a sua beleza.
- Entregou-se ao olhar egocêntrico de contemplar o seu próprio UMBIGO. (os umbigólatras )
- Mergulhou em sim mesmo esquecendo-se e desinteressando-se de tudo e todos à sua volta.
A tentação de Narciso:
É a preferida de nossos tempos. A cultura Narcísica está no altar mais elevado recebendo os mais altos louvores.
Ser Narciso é o único caminho para A FELICIDADE. São os que rezam na cartilha do carpem die, fechando-se em si mesmos na busca da própria e maravilhosa IDENTIDADE.
É a ditadura do INDIVIDUALISMO. O que importa é a satisfação dos próprios DESEJOS, CAPRICHOS, NECESSIDADES, CRITÉRIOS.
Prazer já, Sofrimento nunca!
Crescer não interessa! Viver…do jeito que der – isso é tudo!
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