A SABEDORIA FOI RECONHECIDA EM VIRTUDE DE SUAS OBRAS
Vemos que com muita freqüência temos que assistir a enterros. Mas... poucas vezes pensamos no nosso próprio funeral. Vem a ser como uma jogada do subconsciente que subordina sine die a própria morte.
A mesma contemplação do ritmo da natureza que nos rodeia lembra-nos também esse fato. Deduzimos que — em certo modo—não estamos tão distantes de uma planta, de um ser vivo... estamos submetidos, tanto se nos agrada como se não, à mesma lei natural das criaturas que nos rodeiam. Com a diferença, importante, da origem da nossa vida, da vida a imagem e semelhança de Deus, com projeção de eternidade.
Sim tudo em projeção para o Eterno de onde saímos e retornamos a cada instante.
Tudo tem peso para a Eternidade.
Todo o Advento está informado por esta idéia. Não somente o Avento litúrgico , mas nossa vida é sempre um Avento. O Senhor chega com grande esplendor a visitar o seu povo, com a paz, comunicando-lhe a vida eterna. É um toque de alerta: «A sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras» (Mt 11,19). Tenhamos uma atitude receptiva ante o Senhor!
«Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele» (Mc 1,3). Vigiai as condutas sociais! É o que nos vem a dizer este texto do evangelho. É como se nos quisesse dizer: «não ponhais dificuldades à comunicação amorosa de Deus».
Temos de polir o nosso caráter. Temos de reconstruir nossa maneira de atuar. Tudo aquilo que, em definitiva, falseia nossa responsabilidade: o orgulho, a ambição, a vingança, a dureza de coração, etc. Aquelas atitudes que nos fazem deuses do poder no mundo, sem querer reconhecer que não somos os senhores do mundo. Somos uma pequena parte dentro da extensa história da Humanidade.
Os discípulos de João experimentavam a purificação dos seus erros. Nós, os discípulos de Jesus, nosso Amigo, podemos viver a insuperável experiência da purificação de todo aquilo que é pecado, com esperança de vida eterna: Outro Natal!
Renovemos nosso diálogo com Ele. Façamos nossa oração de esperança e amor, sem fazer caso do barulho mundano que nos rodeia.
Com minha benção.
Pe. Emílio Carlos Mancini.+
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