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Este é o caminho para o qual nos conduz o Apóstolo São Paulo em sua Carta aos Filipenses, que por ele são chamados de santos em Cristo Jesus... Buscar a sua face é concordar com Jesus, que é o único que nos faz santos; é dar tudo em nossas vidas para acolher esta santidade – cada cristão é santo em Cristo Jesus porque vive numa vinculação original, radical e substancial com o seu Senhor.
Esta busca do rosto de Deus ajuda a entender melhor que a santidade é uma viagem, um caminho. É responsavelmente acolher os aspectos da vida, mesmo nos menos convidativos... nos momentos do pranto, da dor, da incompreensão, do sofrimento, do vazio...
A santidade é vocação para todos: recordemos aqui as preocupações do Beato João Paulo II, que dizia isso ao beatificar e canonizar tantos irmãos e irmãs. Nesse caso a imagem da primeira leitura pode nos ajudar: “apareceu uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, raça e língua”. Contar todas as pessoas que foram e são santas é impossível, porque seria como tentar medir a misericórdia de Deus, pois a misericórdia de Deus não conhece limites. Mateus, no Evangelho das Bem-aventuranças(cf. Mt 5,1-12a) enfatiza o fato de Jesus sentar-se, ou seja, o ato de ensinar, falar como um mestre.
O Concílio Ecumênico Vaticano II já recordava a vocação universal a que todos somos chamados: a santidade! Em união com a Igreja triunfante (na comunhão dos santos), peçamos ao Pai que os membros da Igreja peregrina se comprometam com a sua vocação à santidade. Que em cada família os pais, ao abençoarem seus filhos, desejem que os mesmos sejam santos, que vivam a vocação a que foram chamados, buscando a face de Deus em todos que deles se aproximarem. Vivamos, pois, a santidade, cada qual em seu estado e possamos, como nos ensinou o Papa Bento XVI, levar essa direção como meta de vida:
“A Solenidade de Todos os Santos é a ocasião propícia para elevar o olhar das realidades terrenas, dispersas pelo tempo, à dimensão de Deus, a dimensão da eternidade e da santidade”. O Papa então enfatizou que a solenidade de todos os santos “nos recorda que a santidade é a vocação originária de cada batizado” e “que todos os membros do Povo de Deus são chamados a ser santos, segundo a afirmação do apóstolo Paulo ‘esta, de fato, é a vontade de Deus, a vossa santificação’ (1 Ts 4,3)”.
Sejamos santos e vivamos a santidade, do levantar e ao deitar, em casa, no trabalho, no lazer e na vida comunitária. Só vence as lutas cotidianas quem, se espelhando na imensidão de santos e santas, busca a comunhão nessa realidade temporal com a comunhão dos santos. Que todos os santos e santas de Deus nos ajudem a viver a santidade e a missão, amém!
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