Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

OS CRAVOS, CHAVE DAS CHAGAS DA MISERICÓRDIA

(Foto- O Senhor ressuscitado e chagado - Via-sacra de Jasna Gora)


Na glória da Santíssima Trindade, Jesus o Senhor e Filho conserva as chagas de sua crucifixão. Chagas santas e gloriosas, mas chagas que rememoram a dor e a entrega total na Paixão. A cada vez que um pecador se apresenta para o julgamento, antes de olhá-lo e julgá-lo, o Pai contempla o Filho chagado por aquele pecador. E a misericórdia triunfa no julgamento.

Quando Tomé, o homem das dúvidas e que exigia provas da ressurreição, se depara com o Senhor, esse não pede que o contemple olho no olho, mas que ponha os dedos nas chagas e então entenderá quem é o Ressuscitado. Prostrado em adoração, Tomé exclama “Meu Senhor e meu Deus!”, a grande profissão de fé na divindade de Jesus. Nas suas viagens missionárias, Paulo não anunciava a sabedoria humana, mas Cristo crucificado, morto e ressuscitado, aquele que salva e torna justo quem nele crê.

Pela ressurreição, o Pai transfigurou o corpo de Cristo, mas nele quis conservar as chagas, para que nelas a Igreja pudesse buscar o mais poderoso e eficaz remédio contra o pecado. Da chaga do lado direito, donde escorreu sangue e água, Deus faz brotar o Batismo regenerador e a Eucaristia, Carne e Sangue para a vida. Provando definitivamente que o homem crucificado estava morto ao abrir-lhe o lado direito com a lança, o Centurião abriu a fonte da Vida e dela fez nascer a Igreja. E não resistiu à profissão de fé: “Verdadeiramente ele é o Filho de Deus!”.

Certas espiritualidades e devocionismos se comprazem no sacrificialismo, na lamentação da dor infringida ao corpo de Cristo e gastam o tempo num tipo de tristeza sem muito sentido. Talvez esqueçam que a paixão, morte e ressurreição de Cristo foi ato livre do Filho de Deus. Dele foi a decisão de entregar-se por nós no supremo gesto de amor, fazendo da cruz assassina a árvore que reverdece e produz a salvação: “Que selva outro lenho produz, / que traga em si fruto igual?”, canta a Liturgia.

Quem diz “Tão grande é meu pecado que não merece perdão” mostra não se interessar pelo mérito de Cristo e peca contra o Espírito Santo, negando o amor infinito de Deus. O lamento que parece humildade se transforma em negação da Paixão redentora.

São Bernardo de Claraval, ao impulsionar a devoção à Paixão de Cristo e à Mãe das Dores quis, antes de tudo, confortar os cristãos: “Vejam quanto custou a nossa salvação, vejam o nosso valor diante de Deus!” Dele é a belíssima meditação sobre os cravos que fixaram Jesus à cruz. Os cravos se tornaram chave de salvação. Através das chagas, que abrimos com o cravo de nossos pecados, podemos contemplar a Deus que está em Cristo reconciliando o mundo consigo. Através das fendas das chagas o pecador pode provar quão suave é o Senhor (cf. São Bernardo, Sermo 61,3-50).

No momento triste de nosso pecado temos à mão uma chave preciosa: os cravos da crucifixão. Com eles nos aproximamos do Senhor, abrimos as chagas e entramos no tesouro da misericórdia. A máquina de dor do Calvário é agora a porta do Jardim dos reconciliados.

O Cristianismo não é uma religião onde se busca a salvação pelo saber, pela purificação física, pelo nirvana, pela ética. Nele não há lugar para a lógica da compensação (meu perdão tem preço) ou dos sacrifícios (sem muita penitência, nada feito). Jesus nos revelou que é a comunidade dos que crêem no amor e no poder salvador de perdoar.

A fé cristã se nutre de um paradoxo único no mundo religioso: quando eu peco, Deus não me pede sacrifícios, mas ele mesmo se sacrifica por mim.

Deus não pede ao pecador que se cubra de pó e cinza, que grite seus pecados nas esquinas para ser humilhado. Silenciosamente, a cada ato pecaminoso humano Deus contempla o Filho a seu lado e nele vê as chagas, isso é, o nosso preço. Cristo é o nosso resgate, ele pagou por nós. Então se entende o alcance da palavra de Paulo: “Irmãos, deixai-vos reconciliar com Deus!” (2Cor 5,20). Nós o ofendemos e é ele quem vem oferecer o perdão!

O perdão não é extático: ele nos faz entrar num movimento de amor, alegria, paz, felicidade. O perdão divino nos lança ao encontro do irmão para também pedir-lhe que aceite que nos reconciliemos com ele. Não mais será difícil escutar “vai primeiro reconciliar-te com teu irmão”.

Os cravos/chave que nos abrem o tesouro da graça nos fazem mergulhar num mundo novo, onde não há trocas, apenas amor gratuito.

Pe. Jose Artulino Besen.

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