No Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos.
O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18).
Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos...
Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos - depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso âmbito, as pessoas...
E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...
Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia...
Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta.
Que dizem nossos lábios e nossas atitudes?
Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser?
Há em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida?
Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
É um caminho de cruz e ressurreição .
A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim.
A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário