O Salmo de Maria, por tradição, é chamado Magnificat por causa da primeira palavra na tradução latina - Magnificat anima mea Dominum -, é puro estilo bíblico que contem uma coleção de citações e alusões do Antigo Testamento que interpretam a vinda de Jesus. Este hino canta a gratidão e a exaltação da mãe de Jesus (46-50) e de todo o povo de Deus (51-55) pelo cumprimento das Promessas.
O Magnificat sofre influência do salmo entoado por Haná, mãe do profeta Samuel, depois do nascimento do filho por intervenção divina (1Sm 2, 1-10). Ambos os cânticos vislumbram nessas ações de Deus como parte de um processo duradouro de deposição de expectativas humanas orgulhosas e exaltação dos humildes. Na visão de São Lucas, enquanto os grandes e poderosos se esforçam por conduzir a história sob os critérios do poder, do ter e do ser dominante, deixando à margem uma comunidade de marginalizados, miseráveis e de excluídos, Deus vai realizando sua ação no mundo.
Na nossa Igreja o Magnificat é recitado com mais frequência dentro da Liturgia das Horas, nas chamadas Vesperas, em torno das dezoito horas. Na Igreja Anglicana ele é recitado na Oração Vespertina (Evening Prayer). Na Igreja Ortodoxa o Magnificat costuma ser cantado durante as Matinas de domingo. A Liturgia das Horas é obrigatório para todos os sacerdotes, religiosos e religiosas que convivem em uma comunidade, fraternidade ou convento. Para os leigos a Liturgia das Horas é um exercício mais profundo da oração em busca da santificação individual, familiar e comunitária; é uma evolução em busca de um comprometimento mais forte para com Deus. Vale uma visita atenta ao site “liturgiadashoras.org”, um excelente trabalho de um leigo, com aprovação da Igreja católica.
Toda pessoa que sabe ser pura e santa glorifica o Senhor, como o fez Maria.
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