7 DE DEZ. – O FENO
Em nosso meio, o feno pode ser feito no próprio campo, utilizando-se para a desidratação somente a energia do sol e do vento, sem necessidade de galpões ou máquinas secadoras.
Forneça feno à manjedoura do seu coração, dominando todos os sentimentos de orgulho, zanga ou inveja, cobiça, ódio, ambição.
– Jesus, ensinai-me a conhecer e a corrigir os meus maiores pecados.
Dai-me a graça do fruto da temperança!
TEMPERANÇA é basicamente a virtude do ESPÍRITO SANTO que nos ajuda a ter domínio próprio; ou seja capacidade de dominar nossas ações em qualquer situação, seja no vestir ou no falar, ou no agir.
Não podemos esquecer,que a vida cristã é aquela vivida no Espírito Santo.
Na verdade, a vida cristã só é possível no Espírito. Fora dEle, nossa vida é como a de qualquer pessoa.
Entre as virtudes cristãs, elencadas pelo apóstolo Paulo, está a do domínio próprio.
Quando relaciona as qualidades de um cristão, Paulo inclui o domínio próprio (Tito 1,8), junto com hospitalidade, benignidade, sobriedade, justiça e piedade.
O apóstolo Pedro segue na mesma trilha, colocando como uma das virtudes a ser buscada pelo cristão, ao lado do conhecimento, da perseverança e da piedade. (2Pedro 1,6)
Somos movidos pelos nossos sentimentos.
Se, por exemplo, amamos, a Deus, ao próximo ou a nós mesmos, somos levados a querer bem, adorando a Deus, respeitando o outro e gostando de nós mesmos. Se, doutro lado, em nós o ódio é forte, seja a Deus pela figura do pai que representa, seja ao próximo, por ser a fonte de nosso sofrimento (o inferno são os outros, já dizia Sartre), seja a nós mesmos, pela incapacidade de ser o que gostaríamos de ser, somos levados ao vale do vazio.
Ter domínio próprio é fazer com que os sentimentos bons sejam fortalecidos e canalizados para que possam ser aperfeiçoados.
Assim, o amor deve alcançar o seu objeto.
Quando temos domínio sobre o sentimento do amor, fazemos com que ele se torne operativo.
Quanto ao ódio, bem, simplesmente não devemos odiar e poderíamos encerrar a discussão aqui. No entanto, somos também capazes de odiar; este é um gigante da alma, como o descreveu um antigo psicólogo (Emílio Mira y Lopez).
Se o Espírito Santo habita em nosso coração, ele não pode conviver com o ódio. Contudo, sabemos que, embora não o desejando, nós odiamos.
O ódio é, portanto, um sentimento a ser controlado ou ele nos dominará e nos levará a fazer o que não queremos.
A ambição é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos ser acomodados; antes, devemos querer o máximo para nós.
A ambição destrói quando não vê métodos e se baseia na comparação com o que os outros são ou alcançaram. Controle a sua ambição e ela não controlará você.
A vaidade é um sentimento que também deve ser controlado. Não devemos nos achar que nada valemos e que os outros são melhores ou fazem as coisas melhores que nós.
Nem sempre... A vaidade mata quando nos leva a nos achar onipotentes e oniscientes, acima da média humana. Controle a sua vaidade e ela não controlará você.
Se os nossos sentimentos nos definem, nossos desejos nos constituem.
Nós somos aquilo que desejamos.
Como ensinou Jesus, onde estiver o nosso tesouro, isto é, os nossos desejos, aí estará também o nosso coração. (Mateus 6,21)
Desejamos coisas legítimas e coisas ilegítimas. Nem todos os nossos desejos são pecaminosos.
Sejam quais forem, no entanto, se eles nos controlarem, passam a ser pecaminosos.
Além dos sentimentos e desejos, que nós podemos controlar, em grau maior ou menor, há as circunstâncias, aquelas situações que não criamos, mas que nos atingem.
Quando nos enredam, elas provocam desânimo. Diante delas, podemos perder o auto-controle, partindo para reações inadequadas, seja de desespero, seja com violência.
Nossa reação mostra que, na verdade, estamos sendo controlados por elas.
Podemos ser menores que as circunstâncias, mas Deus é maior do que elas.
Embora seja difícil, é assim que devemos crer.
Autocontrole é manter a esperança no Senhor da vida.
Precisamos também aprender a lidar com as circunstâncias.
Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, mesmo sacrificialmente, para mudar aquelas que nós podemos transformar. Diante daquelas que não podemos alterar, temos que aprender a conviver com elas, mesmo sob pretexto, para que não nos dominem.
Adaptar-se não é aceitar conformisticamente as adversidades, mas saber que elas existem, mudá-las logo, mudá-las quando for possível e viver apesar delas.
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
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