Quanta alegria para nós celebrarmos a encanarnação do Filho de Deus, a manifestação da bondade, da generosidade de Deus para com uma humanidade enfraquecida, escarnecida pelo pecado.
Aproxima-se para nós a manifestação da LUZ que brilha sob todo ser humano, o sol da justiça que traz para nós, todos nós, a salvação. Aproxima-se para nós o tempo da graça, Deus veio, Ele mesmo, nos visitar, nos trazer esperança, novo vigor.
Para isto, para celebrarmos bem o tempo Santo do Natal, a Igreja, em sua sagrada liturgia, nos oferece um outro tempo, um tempo que nos prepara para o Natal do Senhor chamado Advento (do latim adventus: “chegada”, do verbo Advenire: “chegar a”). Realmente, no tempo Santo do Advento nos preparamos aguardando a feliz chegada do Senhor que vem.
Todavia, essa preparação não deverá nunca ser de qualquer jeito, não deverá ser nunca da roupa nova, também da casa nova ou de novos móveis, não. A preparação que nós fazemos será a do coração, da vida. A arrumação que nós faremos será das atitudes. No advento, rezando, meditando a Palavra de Deus, celebrando a novena do Natal, participando do sacramento da Confissão nos preparamos, de verdade, para o Natal d´Aquele que vem. No advento, abrindo-nos à graça de Deus que nos consola, converte e enche as nossas mentes de santas expectativas aguardamos o Senhor. Mas nesse tempo santo do Advento devemos ter cuidados especiais, cuidados cristãos. Não troquemos o nosso Advento pelas preocupações consumistas, por tantas coisas “novas”. Pois o comércio está aí, nos ensinado tronxamente que nos preparamos bem para o Natal quando também compramos bem, compramos muito. As ofertas ditas de “natal”, o do comércio, são tentadoras, contagiantes e contaminantes. Cuidado, não enveredemos por este caminho.
Celebrar bem o advento e por consequência o Natal significa celebrar rezando, sempre rezando. Meditando os textos bíblicos que a liturgia da palavra nos indica, nos faz saborear o projeto salvífico de Deus para nós, nos aproxima do mistério da encarnação, nos edifica. Não esqueçamos dos enfeites de natal, eles, de forma artística e artesanal nos falam suavemente do tempo da graça.
Por isso preparemos, desde já, o presépio, as luzes, as cores, pois eles evidenciam que é natal.
Atentemos, porém, para o grande risco do dito “papai Noel”, pois ele tem a sutil missão de destronar o pequeno rei, nascido pobre, muito pobre na doce e santa Gruta de Belém.
Portanto, celebremos o advento como verdadeiros cristãos, esperando a feliz chegada de Jesus, o nosso salvador e redentor, que sutilmente entrou na nossa história e deu sentido, muito sentido, às nossas vidas, que dá pleno e perfeito sentido à nossa humanidade.
Pe. Valmir Galdino
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