Consegui-lo-á abstendo-se do que gostar mais na linha do conforto e do divertimento.
– Maria, usai estes sacrifícios para preparar o meu coração para receber Jesus na Sagrada Comunhão.
Seja meu coração uma manjedoura para Jesus teu infante.
Reze de coração :
Jesus, oh minha vida.
O que me deste, aqui te dou
Com alma agradecida.
Entrego-te, com devoção,
Minha alma, mente e coração,
Aceita-os com agrado!
Estanto em trevas, a morrer,
Vieste, oh Sol radioso,
Da graça o brilho conceder:
Luz, vida, paz, repouso.
Oh Sol glorioso, excelsa luz,
Que acende aminha fé - Jesus:
São belos teus fulgores!
Tu não vieste procurar
Prazeres, neste mundo;
Vieste para nos salvar
Em teu amor profundo.
Minha alma queres resgatar,
Sofrendo angústia, dor, pesar:
Oh! quanto te agradeço!
Mais isto espero, oh Salvador,
Não negues meu desejo:
Jamais, em alegria e dor,
Sem ti viver almejo.
Presépio teu me vem tornar,
Em mim, Senhor, vem habitar
Com tua paz e graça!
E nós temos diante de nós esta cena magnífica. Pobreza a mais não poder. O Menino Jesus com um trono que é uma manjedoura, umas roupas que são uns panos simples; os cortesãos que são Maria e José, que não têm teto, um boi e um burro; o incenso certamente é uma névoa fria que entra e penetra na gruta.
Palácio: uma gruta; teto, teias de aranhas. Há nove quilômetros dali estava um palácio onde havia ouro, onde havia superabundância, onde havia luxo, havia gozo de vida.
Na gruta temos alguém que é Mãe e é Virgem, e nisso temos uma lição que Deus nos dá: o quanto Ele ama a virgindade e o quanto Ele ama o matrimônio perfeito, o matrimônio bem levado.
Nós vemos uma Virgem, um pai que é pobre mas é inteiramente cumpridor da palavra de Deus e da vontade de Deus, e nós temos um Bebê que é a própria inocência.
Então nós temos a virgindade, o matrimônio, a inocência. Há nove quilômetros dali nós temos a podridão moral, nós temos o incesto, nós temos...oh!... os horrores morais, nós temos o horror à virgindade, nós temos o horror à virtude, nós temos o que há de pior, e tudo isto encaixado dentro do Império Romano, Império que São Paulo recriminará em sua "Epístola aos Romanos" logo no capítulo primeiro.
Ao ver a pobreza desse encantador ermitãozinho que fica na gruta gelada, sem lume, tendo apenas uma manjedoura por berço e um pouco de palha por leito; ao ouvir os vagidos e ao ver as lágrimas desse Menino, a inocência mesma; ao refletir que é o seu Deus, como poderia pensar em outra coisa senão em amá-lO?
Ó bela solidão, exclama S. Jerônimo, na qual Deus fala e conversa com as almas que ama”, não como um soberano, mas como um amigo, como um irmão, como um esposo!
Oh! que paraíso, entreter-se a sós com Jesus Menino na humilde gruta de Belém!
Faz do meu coração uma manjedoura para que possas repousar oh pequeno infante!
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
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