Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O que é espiritualidade?

“Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior”.

Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso não é espiritualidade?

Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade.

Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor.

A espiritualidade muda ou é sempre a mesma coisa?

Como dizem os antigos, os tempos mudam e as pessoas mudam com ele. O que ontem foi espiritualidade hoje não precisa mais ser. O que em geral se chama de espiritualidade é apenas a lembrança de antigos caminhos e métodos religiosos.

- O manto deve ser cortado para se ajustar aos homens. Não são os homens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.

Parece-me que o principal a ser retido desse pequeno é que espiritualidade é aquilo que produz dentro de nós uma mudança.

O ser humano é um ser de mudanças, pois nunca está pronto, está sempre se fazendo, física, psíquica, social e culturalmente. Mas há mudanças e mudanças.

Há mudanças que não transformam nossa estrutura de base. São superficiais e exteriores, ou meramente quantitativas.

Mas há mudanças que são interiores. São verdadeiras transformações, capazes de dar um novo sentido à vida ou de abrir novos campos de experiência e de profundidade rumo ao próprio coração e ao mistério de todas as coisas.

Não raro, é no âmbito da religião que ocorrem tais mudanças. Mas nem sempre. Hoje a singularidade de nosso tempo reside no fato de que a espiritualidade vem sendo descoberta como dimensão profunda do humano, como o momento necessário para o desabrochar pleno de nossa individuação e como espaço da paz no meio dos conflitos e desolações sociais e existenciais.

Uma das palavras mais usadas nestes últimos tempos é espiritualidade, porque nos faz muita falta para o equilíbrio de nossa vida. Dizem os psicólogos que quando se fala muito de uma coisa é porque não a possuímos e, portanto somos carentes do que falamos. Não sei se esta teoria está certa, não é minha especialidade. O que posso dizer é que a espiritualidade não é uma teoria que preenche o coração de ninguém. Para que a espiritualidade se torne algo de pessoal e de amado deve sair do papel e do campo das idéias e se fazer vida. Somente quem vive olhando para o alto, não se deixando escravizar pelas coisas da terra pode lentamente tornar-se uma pessoa espiritual.

Devemos evitar o espiritualismo que nos impede de compreender que a ação é o caminho certo de toda forma de espiritualidade.

Se um dia você tiver a oportunidade de visitar uma livraria do aeroporto ou rodoviária ou qualquer outra livraria você fica espantado em ver tantos livros que são denominados de espiritualidade, mas que na verdade não passam de pequenas e às vezes insignificantes orientações emocionais e psicológicas que não atingem o verdadeiro sentido da vida. No respeito para todos estes autores que fazem um bem imenso aos que lêem, discordo de tudo isto porque me parece que não pode existir uma autêntica espiritualidade sem uma referência explícita a determinados valores fundamentais como a defesa da vida, da paz, dos direitos humanos.

A busca da espiritualidade não pode prejudicar a ninguém, mas deve nos ajudar a ser cada vez mais livres da matéria e senhores do nossos instintos.

Verdadeira espiritualidade é fruto de uma luta corajosa, forte, onde ficamos feridos, arranhados e sangrando mas não desistimos da luta.

Um dos textos que mais me ajudam como aprender a verdadeira e autêntica espiritualidade é a carta de São Paulo aos gálatas. Ele nos recorda a beleza da nossa vocação, deste caminho espiritual que devemos percorrer e que devemos sempre ter presente na vida. 'fostes chamados para a liberdade”. Somente quem busca a autêntica liberdade se aventura no caminho espiritual.

A liberdade não é como normalmente se entende dentro da linguagem das pessoas no dia a dia. Livre é quem faz o que quer e como bem entende. Há muitos autores que dizem: “tenho o direito de ser feliz e de buscar a minha felicidade e realização, portanto até que não encontre vou buscando, não importa se isto me faz romper os laços da família, do amor, dos compromissos do matrimônio ou do relacionamento familiar, o que vale é a minha felicidade.”

Na verdade nunca seremos felizes se nos deixarmos dominar pelo egoísmo que está em nós.

A liberdade é um sonho duro a ser conquistado e que vai exigindo muito de nós. Esta liberdade nos leva à verdadeira espiritualidade do amor. Mais reflito sobre o amor e menos sei, e no entanto me parece que com os anos que vão chegando o compreendo mais. Mesmo quem sabe porque a memória dos fracassos me faz ver em outra perspectiva o mesmo amor que devo conquistar.

Perceber a necessidade do amor para viver uma dimensão de vida que não pode ser “espiritualização” de nada, mas sim somente espiritualidade autêntica e vital. Será o mesmo Paulo que vai apresentando uma lista interminável de frutos da carne. São 15 nomeados e outros que ele não nomeia. E todos são causas de perturbações que nos afastam do valor fundamental da vida. Há quem acha que viver a feitiçaria ou espiritualismo é espiritualidade, ou quem vive até rancores e domínio dos outros... Pensa que para dominar os demais se necessite de uma forte espiritualidade. Não há dúvida que são visões distorcidas da verdadeira e autêntica espiritualidade. Não podemos confundir a espiritualidade no sentido católico do termo, esta não pode Ter outro alicerce a não ser Cristo Jesus.

Existem várias espiritualidades: budista, muçulmana, hinduista, judaica... são janelas pelas quais as pessoas vêem a vida.

Mas nós queremos ver a vida pela janela do evangelho e do coração de Deus, por isso o único alicerce de toda a espiritualidade é a palavra de Deus que nos alimenta em cada momento.

Paulo diz que os que vivem os frutos da carne não podem entrar no reino de Deus. Não é necessário termos todos os frutos da carne, são suficientes ter um que nos domine, para não termos acesso à mesma vivência do reino. Um fruto influencia toda a nossa vida e nos escraviza.

Os frutos do Espírito, que são o sinal do autocontrole e do senhorio de nós mesmos, nos fazem entrar na verdadeira liberdade.

Quais são estes frutos do Espírito?

Os frutos do espírito são: caridade, alegria, paz, longanimidade, afabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, continência. Contra estes não há Lei.(Gl 5, 22-23)

Aqueles que vivem estes frutos do espírito não tem mais lei porque são orientados pelo amor e quem ama sabe que jamais poderá fazer o mal nem a si mesmo e nem aos outros.

ão João da Cruz, na sua visão de liberdade e de plenitude da vida, ensina que quem chega no cimo do monte encontra somente a honra e a glória de Deus, e que para o justo não há lei...O justo tem uma única lei que o orienta, o amor. Este não lhe permite mais ser escravo de nada e de ninguém.

O caminho da verdadeira espiritualidade é um processo de libertação interior onde tudo está debaixo do poder da nossa liberdade e que nada mais poderá nos impedir de sermos livres no nosso agir.

Na espiritualidade então percebemos que é necessário superar as ideologias mágicas que não realizam nada em nós.

Por exemplo, a espiritualidade dos perfumes, das cores, do incenso queimado ou das novenas feitas somente pelo intuito de receber a graça e nada mais.

São espiritualidades vazias e sem fundamento. É preciso que o Espírito encontre em nós uma resposta e se faça carne. Deus nos dá um espaço de tempo para viver a nossa espiritualidade e somente neste espaço de vida que somos chamados a realizar o seu projeto de amor. Não há nada de reencarnação e de caminhos de volta para nos purificar e chegar assim “à iluminação”.

É aqui e agora que a nossa vida deve se realizar. Não há outras vidas e nem outra existência a não ser a vida eterna que se conquista no dia a dia duro e difícil do nosso carregar a cruz, e na luta sem trégua contra o mal que está dentro e fora de nós.

Mas afinal o que é espiritualidade?

É um estilo de vida pautado pelo evangelho que visa a imitar a pessoa de Jesus. Seremos espirituais quando pudermos dizer com sinceridade com Paulo apóstolo: “não sou mais eu que vivo mas é Cristo que vive em mim.”

Se chama vida espiritual, a vida cristã semeada em cada crente por obra do Espírito Santo. Ou melhor dizendo, a vida espiritual é a vida cristã, a única vida cristã nascida no batismo que nos configura a Cristo ao longo de toda a nossa existência.

Notemos que vida espiritual e espiritualidade são a mesma coisa. E por espiritualidade entendemos não uma doutrina, nem uma teologia (enquanto elaboração teórica), mas sim, a experiência singular da vida cristã.

E ainda que a espiritualidade tenha o caráter de experiência singular do mistério, ela apresenta também um caráter de grupo. Ou seja, o aspecto individual se apresenta na encarnação particular da vida de fé de um santo (ex. Santa Teresa), e observe-se que, existem espiritualidades, tanto quanto existem crentes, pois cada um é único e singular, e por isso mesmo, a encarnação da mesma e única vida cristã, será diferente de pessoa para pessoa.

Quanto ao aspecto grupal, este apresenta-se na vinculação de um grupo de pessoas a um carisma e experiência singular do mistério (de um santo) que se torna um ideal comum (ex. a espiritualidade teresiana).

Em suma, a vida cristã enquanto é personalizada, experimentada, se chama vida espiritual ou espiritualidade, e o adjetivo espiritual provém do fato desta vida ser única, singular, e movida pelo Espírito Santo.

Termino lhe dizendo o que li e achei tão belo a respeito de espiritualidade: “Acreditamos que a verdadeira espiritualidade não está necessariamente nos grandes eventos ou profecias, mas sim no pequeno gesto do dia a dia. O verdadeiro homem espiritual não faz marketing pessoal, ele influencia o outro apenas com sua presença simples e contagiante, fazendo o outro sentir a espiritualidade que tem dentro de si”!

Pe..Emílio Carlos+

Diretor Espiritual RCC - São Carlos

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