De modo análogo, como todos os objetos – até mesmo os bons, como a honra e a inteligência – podem ser postos em situação de adoração incompatível com sua dignidade, também Nossa Senhora pode ser amada com um amor incompatível. Pois bem, o amor que se presta ao objeto amado deve ser proporcional ao valor que o objeto possui em si mesmo. Com efeito, o amor que se deve à Maria, pelo bem que sua adesão à Vontade de Deus proporcionou à humanidade, dificilmente será superdimensionado. Por isso, todo amor que o homem puder devotar à Maria, por causa dos méritos que alcançou diante de Deus, jamais superará o valor que seus méritos merecem.
Por estes motivos, é impossível a Mariolatria, com a única condição de se ter clara a razão deste culto: a Maternidade Divina. Deve-se notar que – individualmente – qualquer católico pode recair em cultos de idolatria a falsos deuses: assim foi com Israel no passado; assim pode ser conosco hoje em dia. Basta que se ame mais a um objeto que a Deus. O próprio Senhor adverte que quem ama mais os pais que a Ele não é digno dele. Ora, amar mais aos pais que a Jesus é idolatria. Quanto à doutrina, nunca será possível acusar o catolicismo de idolatria pois todos os louvores e honras que se prestam à Virgem Santíssima, todas as merecidas festas realizadas em seu nome, tudo está em vista dos méritos que seu “Fiat” alcançou ao homem. Além disso, é sinal de obediência à Palavra de Deus louvar seu nome pois dela nasceu a Salvação: “todas as gerações me chamarão Bem-aventurada” (Lc 1,48). Proclamá-la bem-aventurada e reconhecê-la acima de qualquer outra mulher é a mais simples obediência ao Evangelho!
Fonte: Humanitatis
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