Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem.
O Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor.
Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal.
Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas.
O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros».
A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana.
Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor.
Como escreveu João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente».
O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo.
A pessoa é convidada a um diálogo com Deus.
Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade.
O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude.
Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos.
Se não é assim, não se ama de verdade.
Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).
Com minha benção
Pe. Emílio Carlos +
grãozinho de areia.
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