No dia de São João Evangelista, São Domingos estava na catedral de Notre Dame de Paris, numa capela, atrás do altar-mor, rezando o santo Rosário, preparando-se para a pregação que faria dali a instantes, quando a Virgem Santíssima lhe apareceu, dizendo: “Domingos, mesmo que tu tenhas preparado uma boa homilia, eis aqui, meu filho, um sermão bem melhor.”São Domingos recebeu das mãos de Nossa Senhora, o livro no qual se encontrava o sermão que Maria lhe solicitara, leu-o, desfrutou-o, compreendeu-o e agradeceu à Virgem Santíssima. Chegando a hora do sermão, subiu ao púlpito e, após ter homenageado São João Evangelista, dizendo, apenas, que ele havia merecido ser o guardião da Rainha do Céu, disse à assembleia dos grandes e dos doutores, vindos, especialmente, para ouvi-lo, habituados, apenas, aos discursos curiosos e polidos de Domingos, que, pessoalmente, não utilizaria palavras sábias conforme a sabedoria humana, mas sim a simplicidade e a força do Espírito Santo.
Então, a prédica de São Domingos referia-se somente ao Santo Rosário. Ele explicava, palavra por palavra a Saudação Angélica, como se estivesse se dirigindo a crianças, servindo-se de comparações bastante simples que havia lido na folha que recebera da Virgem Santíssima.
São Luís Maria Grignion de Montfort,
O segredo admirável do Santíssimo Rosário, nº 13
com minha benção
Pe.EmílioCarlos+
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