Agora já não se tem a maçada de subir os degraus de uma escada; em casa dos ricos o ascensor substitui-a vantajosamente.
Eu queria também encontrar um ascensor que me elevasse até Jesus, porque sou demasiado pequena para subir a rude escada da perfeição. Então, procurei nos Livros Sagrados a indicação do ascensor — objecto do meu desejo —, e li as estas palavras saídas da boca da Sabedoria eterna: Se alguém for pequenino, venha a mim.
Então, aproximei-me, adivinhando que tinha encontrado o que procurava, e querendo saber, ó meu Deus!, o que faríeis ao pequenino que respondesse ao vosso apelo. Continuei as minhas buscas, e eis o que encontrei: — Como uma mãe acaricia o seu filho, assim eu vos consolarei; levar-vos-ei ao colo e embalar-vos-ei nos meus joelhos! Ah!, nunca palavras tão ternas e tão melodiosas me vieram alegrar a alma.
O ascensor que me há-de elevar até ao Céu, são os vossos braços, ó Jesus! Para isso não tenho necessidade de crescer; pelo contrário, é preciso que eu permaneça pequena, e que me torne cada vez mais pequena. Ó meu Deus! excedestes a minha esperança, e eu quero cantar as vossas misericórdias.” (Santa Teresinha do Menino Jesus – História de uma Alma, Ms C)
Parece fácil, não? Muitos ao ler estas lindas palavras de Santa Teresinha e ignoram a beleza de sua pequena via, imaginando ser uma via de mediocridade, onde não nos esforçamos para crescer espiritualmente.
Ao contrário o caminho proposto por nossa querida santinha é um caminho que embora pequeno e curto, não é o mais largo… É um caminho de esforço diário e constante, para em tudo, nas coisas mais ordinárias, fazer com imenso amor ao Bom Deus. Fazer do ordinário o extraordinário.
Se pequena cada vez mais pequena, não é ser cada vez mais pecador, mas ao contrário, se aniquilar, eliminar todo amor próprio, se fazer pequeno para que Jesus seja grande em nós. Já não é mais o meu querer, mas somente o que Deus deseja de mim. É saber que não serei salva por meus méritos, mas pelos méritos infinitos de Jesus Cristo, que nos carrega em seus braços. Em Teresinha de Jesus havia luta e esforço diário, mortificação de suas vontades, mas ela sabia que a cada vitória, que a cada gesto seu de santidade, não era Teresa… Mas era Jesus quem era vitorioso e santo nela. Para ser pequeno a ponto de entrar no céu trilhamos o caminho da humildade.
E assim devemos seguir este caminho de se tornar cada vez mais pequenino, como uma criancinha confiante em seu paizinho, vendo que em seus braços não a risco de se perder, sabendo que em seus braços nenhum mal poderá lhe acontecer.
Esforcemo-nos pois a exemplo de nossa santinha e renunciemos todo amor próprio, todo desejo vaidoso de querer aparecer, de querer ser grande aos olhos humanos, para deixando que em tudo se cumpra a vontade do Pai, Ele mesmo venha ser grande em nossa pequenez.
com minha benção
Pe.Emílio Carlos+
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