( Leituras paralelas para Mt 11, 25-30: Lc 10, 21-22)
Venham a mim!
A religião, no tempo de Jesus, tornara-se um fardo pesado, especialmente para as pessoas mais humildes do povo.
Era impossível dar conta da sobrecarga de exigências. Por isso, estas pessoas eram vítimas do desprezo e do preconceito dos que se autoconsideravam superiores.
Jesus propôs-se a libertá-las do jugo religioso que lhes fora imposto. Na sua concepção, as exigências da religião se reduzem ao essencial o mandamento de amar a Deus e ao próximo e é o Espírito quem sugere ao discípulo os caminhos por onde deve trilhar.
Os mandamentos, neste caso, não são meras imposições exteriores, onde o comportamento já está todo previsto. Antes, partem de dentro do coração e deixam ao ser humano um largo espaço para a criatividade e a generosidade.
A leveza e a suavidade do fardo imposto por Jesus decorrem da forma prazerosa como é assumido. Os discípulos têm consciência de assumi-lo com liberdade e, através dele, experimentar a submissão ao querer do Pai. O projeto de Jesus, portanto, realiza a pessoa, libertando-a do pesado jugo da religião tradicional.
Jesus é o Mestre a quem os discípulos devem dar ouvido. Diferentemente dos escribas, muitas vezes intransigentes e impacientes com as pessoas, Jesus é manso e humilde de coração. Ele sabe o quanto pode exigir de cada um.
Para sua reflexão: Jesus expressa seu convite ao discipulado usando a imagem tradicional da Lei como “jugo”.
Jesus, o intérprete oficial da Lei, promete alívio e descanso em sua escolha sapiencial.
Não só os animais, também os homens carregam o jugo como sinal exercido de escravidão. Era um jugo curvo de madeira, apoiado com almofadas sobre os ombros, que servia para transportar cargas equilibradas.
A imagem é freqüente no Antigo Testamento: pode referir-se à Lei, à tirania estrangeira e também à sabedoria. Todos os genuínos pesquisadores da sabedoria são convidados a vir para Jesus.
Em Jesus, a sabedoria divina reside e pode ser aprendida.
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