Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 17 de julho de 2010

A Oração do Senhor

A Igreja sempre considerou a Oração do Senhor (Pai Nosso) como a oração Cristã por excelência. Na antiga Igreja da África, por exemplo, os rudimentos da fé (em que cremos) foram transmitidos a partir dela; no seu catecumenato quando imersos no conhecimento da oração (o que oramos).


Depois de terem uma explanação sobre o Credo (tradição) eles tinham que recitá-la publicamente de memória (redição); a passagem entre esta ‘tradição’ e ‘redição’ era a Oração do Senhor. Tertuliano não era o único a considerar a Oração do Senhor como sendo o compêndio e a síntese do Antigo e do Novo Testamento.


“Em suas poucas palavras, estão resumidas as falas dos profetas, os evangelhos, os Apóstolos; os discursos, as parábolas, os exemplos e dos ensinamentos do Senhor e, ao mesmo tempo, muitas de nossas necessidades são preenchidas. Na invocação do Pai, nos honramos a Deus; no Nome está o testemunho da fé; em Sua vontade está a oferta da obediência; no Reino está a recordação da esperança; no Pão coloca-se a questão da vida; no pedido de perdão está a confissão dos pecados; no pedido de proteção está o medo da tentação. Por que medo? Somente Deus poderia ensinar-nos como Ele queria que orássemos” (De Oratione 9,1-3).


Apesar de Lucas 11,2-4, nesta reflexão examinaremos apenas o texto de Mateus 6,9-13. Ele aparece inserido justamente após a segunda de três virtudes? caridade (6,1-3), oração (6,4-15) e jejum (6,16-18) ? todas como formas superiores à justiça dos Judeus.


Mateus 6,9-13 esta estruturado em três partes. Começa com uma invocação, continua com três pedidos com referência a Deus, e encerra com três pedidos relativos ao povo messiânico. A oração tinha uma clara orientação escatológica e presume uma sinergia Deus-homem.



1.
A INVOCAÇÃO DE ABERTURA:




“PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU”



a) ‘Pai Nosso’ Em todos os tempos, a humanidade tem se voltado para a divindade a quem chama ‘Pai’. Com isto, a humanidade pretende reconhecer Sua autoridade e suplicar o Seu amor.


O Antigo Testamento?


Não surpreende que entre os livros inspirados do Antigo Testamento, vinte e dois textos Hebreus, Aramaicos ou Gregos atribuam ao Senhor Iahweh o nome ‘Pai’. Deus é o primeiro de todos os pais do povo de Israel. Esta paternidade divina singular é relacionada a eventos históricos envolvendo o povo de Israel. Deus é o pai de Israel porque Deus estabeleceu por meio de eleição e pacto, uma existência para Israel que o transformou no filho primogênito de Deus, um povo propriedade de Deus (Ex 4,22-23; Dt 32,6-8). Há dois componentes na paternidade divina: autoridade e amor. Deus é Pai de Israel. Desta forma Ele merece a soberania, o prestígio, o poder e a legítima autoridade de pai de família, daqueles filhos que dependem dEle e que Lhe são subordinadas, para lhe mostrar respeito e obediência (Is 64,4; 1,2; 30,9; Ml 1,6).


Deus é o pai de Israel. Cuidadoso e carinhoso com Seus filhos, Ele os cerca de amor gratuito, sempre misericordioso e fiel. (Is 49,15; 66,15; Sl 131,2; Os 11,1-4.8).


Deus é também o pai das pessoas que se relacionam intimamente com Israel. Isto envolve pessoas notáveis como o rei ou o Messias. (Sl 89,27; 2Sm 7,14; Sl 2,7).

Em relação à paternidade de Deus para as pessoas, os autores dos últimos livros do Antigo Testamento trabalham voltados para uma mudança de perspectivas, isto é, em direção a um grande universalismo. Cada ser humano pode se tornar um filho de Deus, sem dúvida isto será realidade se ele/ela for santo e fiel a Deus. (Eclo 23,1-4; 51,10; Sb 2,13.16.18;5,5;14,3). De qualquer modo, esta é uma negação da idéia do Deus “solitário” do Islamismo (Alcorão 112,4.171; 5,116-117).


O Novo Testamento?


Com Jesus, a revelação bíblica da paternidade divina entra numa nova fase. Deus é o pai de Jesus Cristo e o pai dos Cristãos. Não é raro encontrar nas Epístolas Paulinas a expressão ‘o pai de Nosso Senhor Jesus Cristo’ (Rm 15,6; 2Cor 1,3; 11,31; Ef 1,13; Cl 1,3). Por outro lado, Jesus nunca diz ‘Pai Nosso”, mas ‘Meu Pai e vosso Pai’ (Jo 20,17) distinguindo entre ‘meu Pai’ (Mt 7,21) e ‘vosso Pai” (Mt 5,16).


O auto-conhecimento da filhação de Jesus é muito claro no Evangelho (Lc 2,49; Mc 13,32). Ele freqüentemente declara-se o enviado do Pai (Jo 3,17.34; 5,23.36.37; 6,44,57 etc…), em Hb 3,1 é chamado “o apóstolo”, isto é, “o enviado”. Jesus também afirma que sua pregação são palavras do Pai (Jo 3,34; 12,49-50; 14,10) e dão testemunhos do Pai (Jo 5,19.36;9,4).


Os Evangelhos contêm muitas orações de Jesus. Mas apenas em Mc 15,34 invoca “Deus”: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”. Mas este grito do Crucificado é uma citação do Sl 22,2. Todas as outras preces começam com “Pai”; para louvar (Mt 11,25-26), na invocação durante a agonia no Getsêmani (Mt 26,39.42), na súplica na Cruz (Lc 23,34.36).



O Segundo Evangelho mostra-nos como Jesus se dirige a Deus com a expressão “Abba” (Mc 14,16). É uma palavra aramaica usada como forma de tratamento íntimo com uma pessoa mais velha, e muitas vezes adotada na linguagem usada pelas crianças na família, mesmo quando adultos se dirigem ao pai. Ao chamar a Deus de “Abba”, Jesus demonstrou o singular relacionamento entre Ele e Deus, e ao mesmo tempo mostrou a familiaridade, a fidelidade, o respeito, a disposição que ele possui. Na oração, o judaísmo antigo, litúrgica ou particularmente, nunca ousou dirigir-se a Deus como “Abba”.


Além de ser o Pai de Jesus Cristo, Deus é também o Pai dos Cristãos em todos os sentidos. Isto não é um fenômeno puramente natural? Todos são filhos de Deus?, mas um dom escatológico em Cristo.

Este conceito tem origem em Deus, que criou-nos à imagem de Seu Filho, tanto que ele tornou-se o primogênito de todos os irmãos e irmãs (Rm 8,29), e colocou em nossos corações o Espírito de Seu Filho que clama: Abba, Pai (Gl 4,6). Deus nos escolheu para sermos Seus filhos adotivos através de Jesus Cristo (Ef 1,6). O Espírito Santo testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8,16) e nós que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando que a adoção como filhos seja completa e definitiva (Rm 8,23).


Entretanto, é através da fé que nós efetivamos nossa filiação divina. “Vós todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3,26). “Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que crêem em seu nome” (Jo 1,12).


Amor (Mt 5,44) e misericórdia (Lc 6,36), perdão (Mt 6,14-15) e paz (Mt 5,9): esses são algumas das manifestações concretas dos Cristãos como filhos de Deus. Como filhos de Deus, os Cristãos tornam-se irmãos e irmãs em Cristo, através de quem podem dirigir-se a Deus como Pai “nosso”.

Jesus, o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8,29), chamou seus Apóstolos (Mt 28,10. Jo 20,17), aqueles que fazem a vontade de Deus (Mc 3,31-35) e os mais marginalizados (Mt 25,40.45) como seus “irmãos”. Ele exortou para o amor aos inimigos (Mt 5,43-47) assim ampliou o sentido de “irmãos”. Ele convida ao amor ao próximo (Lc 10,29034) que pode ser um amigo ou inimigo, aquele que ajuda e que precisa de nossa ajuda.


Os dois mandamentos do Antigo Testamento são unificados (Dt 6,5 e Lv 19,18; Lc 10,25-28). Ele aponta o amor para com os seus como fonte e fundamento de nosso amor para com os outros (Jo 15,12-13).


b) “Que estais no céu”


No Evangelho, Jesus fala várias vezes do “Pai… no céu” (Mt 5,16.45) e do “Pai celeste” (Mt 5,48).
O que é “céu” para Jesus e para os escritores do Novo Testamento?


É o trono de Deus (Mt 5,34) de onde Sua voz é ouvida (Mc 1,11). O Espírito Santo desce do céu (Mc 1,10; At 1,12). Jesus é do céu, veio do céu (Jo 6,38), e é do céu que um dia Ele descerá novamente (1Ts 4,16). Os anjos sempre vêm do céu (Lc 2,13-15). A recompensa do Cristão está no céu: a terra natal, o lar (2Cor 5,1), bênção (Ef 1,3) e recompensa (Mt 5,12), esperança (Cl. 1,5) e herança (1Pe 1,4).
Céu é portanto uma realidade divina e freqüentemente substitui o nome de Deus (Mt 3,2; 16,1 etc…).

c) “Pai nosso que estais no céu”

Intimamente unidos a Jesus o Filho Único, todos os seus discípulos constituem uma única família de filhos adotivos de Deus. Eles podem dirigir-se a Deus como “Pai” de toda a humanidade que Ele ama, e em Seu amor onipotente Ele inclina-se para conceder a humanidade Sua transcendência que humanamente é impossível atingir.



2. A PRIMEIRA SÚPLICA:



A SANTIFICAÇÃO DO NOME DE DEUS


Esta é a abertura de uma série de três súplicas relacionadas a Deus. O pronome possessivo na segunda pessoa do plural é utilizado nos pedidos: “vosso” nome, “vosso” reino, “vossa” vontade. A voz passiva teológica pode ser observada no primeiro e no terceiro pedido: “santificado seja”, “seja feita”, significando “para vós”. Os três pedidos, portanto podem ser interpretados como “santificai vosso nome” , “vinde e reinai”, “fazei vossa vontade”.

a) O Nome: O nome é entre os semitas aquilo que constitui um indivíduo, pelo menos o desejo que impõe e define as suas qualidades. Mas se na humanidade há aqueles que não honram seus nomes, Deus torna plenamente efetivo o significado de Seu Nome. Entre os nomes divinos há também “o Santo”. E Deus é realmente Santo, visto que Ele transcende as realidades terrestres; Ele está afastado da ineficácia e maldade do mundo, pois é absolutamente poderoso e bom. Isto recorda também que os Judeus falavam com respeito do “Nome de Deus” de forma a evitar a referência direta a “Deus” mesmo.

b) A Santificação do Nome

De acordo com a Bíblia o Nome de Deus podia ser santificado ou profanado pelo homem ou por Deus. A humanidade santifica o Nome pela observância de Seus Mandamentos. Ela profana Seu Nome quando transgride-os. Lv 22,31-32 estabelece: “Guardareis os meus

mandamento e os praticareis. Eu sou Iahweh. Não profanareis o meu Santo Nome, a fim de que Eu seja Santificado no meio dos filhos de Israel”.

Observe-se as duas formas paralelas: uma condicional “guardareis” e “a fim de que Eu seja Santificado”; e outra imperativa “guardareis” e “não profanareis”. Para Deus, santificar (não profanar) Seu Nome é manifestado pela punição dos Israelitas culpados de idolatria no Egito e a sua libertação. Deste modo os Egípcios não podem acusá-Lo de ter sido impotente no auxílio do Seu povo perseguido e oprimido pelo Faraó (Ez 20,5-12). Deus também santifica Seu Nome (não profana) intervindo para punir os pecadores pagãos. Deste modo os idólatras vêem o Seu poder. (Ez 39, 1-7).

Finalmente, Deus santificará Seu Nome definitiva e completamente quando Ele purificar os Israelitas de seus pecados, dando-lhes um novo coração e um novo espírito, para que possam observar os Seus estatutos (Ez 36,22-28). Os Cristãos sabem que Deus tem presente o início da era escatológica.

Pela intervenção salvífica, Ele revela-se a Si mesmo como Santo (revela a Santidade de Seu Nome) no Filho, e dá-nos Seu Espírito Santo. Na adesão a Deus que revelou-se como Santo, e esperando para vê-Lo em toda Sua glória e poder, os Cristãos procuram revelar Deus como Santo, para santificá-Lo pela observância de Seus Mandamentos e assim interpretar Sua glória.

Pe.Emílio Carlos +
com minha benção.

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