Deus é santo. Está para além do mundo e da história, separado do mundo, incompreensível com o mundo, incompreensível ao mundo. Interessa-se, porém, pelos homens, pelas relações dos homens entre si, suas relações comunitárias.
E por ser santo, comunica-se ao homem por amor, por ele se interessa para arrancá-lo de sua incapacidade, libertá-lo da escravidão de si mesmo e das coisas, levá-lo à sua "santidade".
A lei que Deus dá aos homens não é imposição caprichosa, é o dom de um Deus que quer os homens semelhantes a ele, participantes de sua santidade. Pelo fato de os cristãos haverem sido "santificados" pelo batismo não se há de crer que não possa mais haver algum conflito entre eles, nem nos deve escandalizar a verificação da presença de contestações e de males na Igreja.
O fato de serem crentes, membros da mesma Igreja, não suprime as contradições humanas, não elimina os contrastes, não resolve as contestações.
A Igreja, contudo, ajuda a viver as contradições no amor; reúne à mesma mesa pessoas divididas pelas idéias, ensina a recorrer à penitência quando não se é capaz de controlar os próprios sentimentos.
Com minha pobre benção.
Pe. Emílio Carlos Mancini. +
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