Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Espiritualidade Encarnada ( Conclusão)



O Místico de nosso tempo - Conclusão

“O que é a mística cristã”?

A experiência mística cristã é uma experiência que leva à verdadeira libertação de toda escravidão.

A experiência mística cristã se concentra em Deus como o único absoluto, como por si só suficiente para saciar a sede de plenitude do coração humano. Isto dá à pessoa uma grande liberdade de bens temporais e se abre para as exigências da justiça e do amor. À luz da experiência mística as grandes testemunhas descobriram também a dignidade do ser humano, criado por Deus e redimido por seu Filho Jesus.

A mística cristã é uma mística que acompanha o ser humano em seu processo de crescimento. Essa união de Deus com o homem é uma união de santo com o pecador, do justo com o injusto. Consiste em uma união mística de missão e trabalho.A experiência mística Cristã da historia, e da própria carne, necessitando de salvação e de unir responsabilidades proféticas e formativas.

A formação cristã é permanente. O cristão quer e deseja sempre estar em processo de formação. Não se reduzem a um caminho de aprendizagem e adestramento. É um processo de liberdade e que possa crescer e dar frutos.

A Mística se transformou e se converteu em uma coisa extraordinária. Porém devemos fazê-la parte de nossa vida e do ordinário de nosso dia a dia.

O sentido da mística esta presente no caminho formativo como mistério pessoal.

No evangelho de São João, a presença de Jesus é apresentada através de uma série de acontecimentos em que a oração é valorizada como espaço da presença de Cristo. E vivida como experiência mistagógica.

A função do mestre entre seus discípulo quando eles dizem a Jesus: ensina-nos a orar: é uma presença Habitada, cheia de momentos em que podemos entrar na habitação onde mora Deus( nós mesmo).

Um aspecto da mística de Santa Teresa é quando nos chama a atenção para entramos em contato para falarmos com aquele que nos ama.

A existência é uma experiência de si, como conhecimento de Deus e do DIVINO.

A negligência e o descuido de si mesmo e da própria pessoa humana leva ao abandono e ao desconhecimento de si e desprezo de seu próprio trabalho e própria vida. Nossos jovens se ocupam de muitas coisas, mas não se ocupam de si.

O cuidado de si é o ato de assumir para si a responsabilidade de si mesmo e podermos governar os conflitos que surgem dentro de nós.

Exercer essa responsabilidade é um exercício de conhecer a si mesmo. CONHECER A VERDADE. A verdade exige que o sujeito se modifique se transforme e traga um destino para si mesmo. Traz uma transformação para o sujeito. Desta maneira podemos encontrar-nos com o pensamento de Santa Teresa, e encontrarmos com nossa própria interioridade e caminhar pelas sete moradas. Viver uma força interior dada com generosidade pelo Senhor.

A educação na mística deve completar um serviço na igreja e no mundo. A missão é um serviço que brota da união com Deus. Apesar de nossa pequenez brota de um AMOR maior: Deus!

Os Místicos Profetas ou Profecia?

A análise da experiência mística dos profetas bíblicos nos faz constatar uma série de elementos que nos guiam em nossa busca de Deus e nos ajudam a discernir a autenticidade das experiências místicas.

Devem integrar a fé com a vida de contato com Deus, abrindo-se ao serviço dos outros, ao amor da justiça. Para ser verdadeiros profetas devemos experimentar a presença e a proximidade de Deus falar com ele em oração, para ouvir sua resposta à leitura da Sua Palavra na Escritura e na vida, comprometer-se com o plano divino e com o mundo em que se vive cumprir a missão na fraqueza.

A experiência mística deve incentivar a esperança no meio das crises purificadoras da fé e ante contemplação da ação de Deus na história. Explodir em louvor e de ação de graças. As várias nuances da experiência mística particular de cada um dos profetas enriquecem esses elementos. Eles são como uma sinfonia em que a mesma melodia é tocada por instrumentos diferentes.

1. Elias, como expressão dos elementos de uma verdadeira experiência mística: “vivia em sua presença [de Deus] e contemplava em silêncio a sua passagem, intercedeu pelo povo e proclamava com valentia sua vontade, ele defendeu os direitos de Deus e se ergueu em defesa dos pobres contra os poderosos deste mundo (cf. 1 Rs cc.18-19)”.

2. A vida do profeta Jeremias apresenta em forma existencial a relação intima entre mística e profecia e as etapas pelas que temos que passar no comprimento da missão. Além disso, o fato de que ele viveu em uma mudança de época em que muitas coisas do passado já não permaneciam e enfrentava o desafio do novo, fazem atuais suas experiências. Também estamos vivendo uma mudança de época que nos apresenta o desafio da desaparição de muitas seguridades que mantinham nossa fé e nos impulsionavam a testemunhar os valores do evangelho.

Como agricultor, Jeremias sabia sobre a exploração dos reis e do trabalho duro de seus compatriotas. Foi uma pessoa alegre, calma, extremamente sensível, sincero e com um forte senso de justiça para ver o sofrimento de seu povo. Que o levaram a denunciar a injustiça. Para ele, a religião foi fundamental para conhecer o Senhor, praticando a lei e a justiça e julgar a causa dos pobres e indigentes (Jr 22,15-16). Ele era um místico que viveu na presença de Deus e encontrou-o em tudo, como na contemplação do trabalho da argila pelo oleiro (Jr 18,6).

A pregação profética de Jeremias estava orientada por quatro perspectivas que aparecem no segundo capítulo de seu livro: ajuda as pessoas a recordar o passado quando no êxodo experimentou a libertação feita por Deus e responde fielmente.

Examinava o presente do povo que tinha caído na infidelidade e o confrontava com o passado.

Indicava ao lideres como culpados dessa situação e anunciava o juízo de Deus.

Isso lhe trouxe sofrimento: perseguições, críticas, xingamentos, insultos, deboche, prisões. Chegou a maldizer o dia de seu nascimento (Jeremias 20,14-18). Trabalhou vinte e três anos antes de ver os resultados da sua pregação e ficou desanimado ao ponto de não querer mais proclamar a palavra do Senhor (20,9), porém não podia resistir em a fazer isso porque a palavra era como um fogo que não podia resistir. Foi Profeta por palavra e por testemunho de sua vida. Ele era uma profecia ambulante.

Jeremias nos ensina a aceitar no caminho de nossa mística e profecia tudo aquilo que se opõe a ela e nos faz sofrer, para continuar a missão a pesar de não termos grandes resultados. Assim como ele temos que apoiar-nos na Palavra de Deus, na oração e na comunidade fraterna.

Assim, Jeremias soube encontrar novos motivos de Fé e de esperança no meio da crise generalizada dos valores tradicionais da Fé.

Nada é perdido, se temos o olhar da fé. “Vê em tudo a mão de Deus que guia e age.”

Como na vida de Jeremias, mais cedo ou mais tarde, a crise aparece havemos que aceitar o processo de purificação, quando se rompem os seus próprios esquemas e experiência sensível de Deus desaparece, quando havemos que enfrentar problemas e dificuldades inesperados.

Então ai devemos viver abertos a ação amorosa de Deus lembrando-nos sempre que é preciso “aceitar as surpresas que transtornam teus planos derrubam teus sonhos, dão rumo totalmente diverso ao teu dia e, quem sabe, à tua vida. Não há acaso. Dá liberdade ao Pai para que Ele mesmo conduza a trama dos teus dias”.

A presença de Deus torna-se ausência. A oração de lamentação e súplica substitui a paz e alegria (12, 1-4, 20, 14-18, 17, 14-17). Em uma terceira fase, a prova e superar a crise, começa a entrar numa crescente maturidade da vida mística. Nessa fase, Jeremias escreveu os capítulos 30-33, que são chamados de “livro da consolação” e anunciou a nova lei e nova aliança escrita no coração (31,31-34).

Nossa vida mística atinge a maturidade, quando aceitamos completamente o mistério de Deus e da realidade da pessoa com as qualidades e limitações que isso implica.

Ser um profeta e místico é algo que não pode ser separado da vida do crente que se abre ao mistério de Deus e Seus caminhos que não são nossos.

Os leigos são chamados a serem os novos profetas testemunhando a presença e a ação de Deus no coração do mundo.

Ao mesmo tempo, aprendemos a encontrar Deus em todas as circunstâncias, em todas as pessoas, em todos os eventos. Em outras palavras, ter uma visão contemplativa da realidade com uma contemplação comprometida.

A partir da convicção da presença do Espírito Santo em todos os batizados para renovar a consciência da possibilidade de encontro com Deus experimentado em cada momento da vida diária.

Todo cristão é chamado a viver a experiência contemplativa de Deus presente em todas as circunstâncias da história e da vida pessoal. Maria é um modelo para toda essa contemplação que leva, enquanto no serviço dos outros, como fez levando o filho de Deus em seu seio, e vai ajudar sua prima Isabel.

Somos chamados a viver e transmitir uma espiritualidade sólida e uma mística e profecia, que é construída sobre a experiência de um Deus amoroso, que nos pede para expressar esse amor na proximidade e compromisso com nossos irmãos e irmãs, especialmente com crianças, os marginalizados, e a sociedade. Também com todos os que vivem a nova pobreza, que menciona o documento de Aparecida, no n. 65, convencidos de que “ninguém pode dizer que ama a Deus a quem não vê, senão é capaz de amar a seu irmão que vê. E temos o preceito DELE: que quem ama a Deus ame também a seu irmão” (I Jo 4,20-21).

Marta e Maria devem caminhar sempre juntas, como nos diz Teresa, porque “no entardecer seremos examinados no amor “ (João da Cruz.)

Com minha benção
Padre Emílio Carlos +

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