MARIA E ELIAS: MODELOS DE ESPIRITUALIDADE

MARIA E ELIAS:MODELOS DE ESPIRITUALIDADE

TEXTOS DE APOIO:

V 11

V 12

Introdução:

Teresa tinha uma devoção muito grande à Nossa Senhora. Ainda pequena, quando perdeu a mãe, tão logo procurou colocar-se sobre os cuidados de Nossa Senhora. Mais tarde, quando já adulta, mostraria sua devoção à Virgem vestindo o hábito da Ordem.

Maria e o profeta Elias são tidos como alicerces da vida espiritual do carmelita. A própria origem do Carmelo encontra essas duas personagens: Maria - a Senhora do lugar – e Elias – o pai dos carmelitas.

A Ordem dos Carmelitas é tida como a Ordem de Maria. Por isso não raro os carmelitas referirem à Maria com Mãe, Rainha, Imperatriz e Irmã.

Fato é que Maria foi mulher de intensa intimidade com o Senhor. Ensinam os Santos Padres que sua intimidade como o Senhor era tanta que antes Dela gerar o Verbo de Deus na carne, gerou-o no coração.

Elias, o profeta, é tido como alguém que procura fazer a vontade de Deus; cuida das coisas do Senhor. Seu nome já expressa sua profissão de fé – Javé é meu Deus. Elias é aquele que foi alimentado por Deus e, com a força daquele alimento divino, pôde chegar até ao Horeb, onde saboreou Deus na suavidade da brisa.

A oração é trato de amizade, é busca, é acolhida, é resposta aos impulsos que o Espírito bafeja no coração, ou no interior da alma.

Teresa, nos fala desse trato no Livro da Vida, dos capítulos 11 a 21. Ela fala de sua experiência que muito pode auxiliar a nós que estamos na escola de oração.

Para Teresa, usando a alegoria da água e do jardim, há 4 graus de oração ( como 4 maneiras de aguar o jardim). É verdade que Deus é que faz brotar a semente, florescer a planta e umedecer a terra. No entanto, podemos – se quisermos – jogar água à terra. É verdade também que tanto a terra quanto a água, bem como a semente pertencem a Deus. A vontade, porém, é a nossa (com o auxílio Dele, pois, sem Ele nada se pode fazer).

A primeira maneira de tirar água, fazemos nós, se quisermos molhar a terra do nosso jardim. Aí, pois, se encontra a ‘determinada determinação’, exercício da vontade, afirmação da perseverança.

PARA REFLETIR:

1) Apanhar água no poço (1º grau de oração – cf. V 11, 9) requer muito trabalho; tem de cansar para recolher os sentidos. Sou do tipo de pessoa que está disposto a ‘trabalhar’ ou prefiro levar a vida de maneira ‘light’? Em que eu tenho me esforçado? Onde busco forças ou alimento para fortalecer minha vontade? Sou do tipo de pessoa que precisa que alguém me empurra ou tomo iniciativas, ou seja, tenho forças de vontade?

2) Teresa tinha consciência de que estava alicerçada em Cristo. Sabia que era um tijolo na construção e que deveria ser também um alicerce para as futuras pessoas que viessem depois dela na edificação da Igreja. Procuro, pois, ser eu também um suporte (= alicerce, tijolo) para os novos (= aqueles que chegam)? Como faço isso?